Talvez uma das maiores controvérsias da Apple nos últimos anos, o relógio inteligente Apple Watch não convenceu muita gente durante a sua apresentação: há quem duvide do conforto e da boa funcionalidade do acessório — e muita gente bem gabaritada está nessa lista.
Falando em uma palestra chamada "The Rise of the Smartwatch", Andy Grignon, um dos designers que trabalhou no iPhone original, disse que o foco do Apple Watch está no lugar errado. Segundo ele, o objetivo da apresentação do relógio não devia ser no óbvio (ou seja, mostrar as horas), mas nas toneladas de outras funções que um smartwatch pode conter. Ele reclamou que a empresa gastou muito tempo da conferência exibindo a consulta do horário, algo que será rapidamente esquecido pelos possíveis consumidores.
Ele usou o celular como exemplo: o primeiro iPhone foi feito com o intuito de melhorar a realização e o recebimento de chamadas, mas logo isso foi substituído por apps, internet e outros serviços.
Qual o futuro correto?
"Nós não sabemos, baseados no que usamos, o que vamos querer no futuro", argumentou. Segundo ele, dados sobre saúde são a maior possibilidade para esses relógios até o momento, mas falta o equipamento necessário para utilizá-los corretamente. "Dado é o novo petróleo, mas nós, nem sequer, temos os carros para serem alimentados com esse combustível", explica Grignon.
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Ele acredita ainda que as tais pulseiras inteligentes para fitness são inúteis, já que sensores deveriam ser instalados por todo o corpo para uma captação precisa, não só no pulso. Além disso, para ele, a Apple precisa oferecer algo de muita qualidade (mais do que o HealthKit) para tornar as informações de atividades físicas atrativas.
Para o designer, a ideia não é só acumular dados e levá-los a outro dispositivo, mas prever o que o usuário quer e fornecer serviços que sejam úteis — algo como o Google Now planeja, por exemplo, apesar de Grignon não ter usado a ferramenta como exemplo.
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