A Volvo é uma fabricante de automóveis renomada pela segurança dos seus produtos. A companhia é pioneira no desenvolvimento e na adoção de diversos equipamentos que visam proteger a integridade física dos ocupantes de seus veículos, como o cinto de segurança de três pontas nos anos 50.
Há relatos de que os responsáveis pela empresa na década de 30 adotavam um lema que colocava o motorista como a parte mais importante do carro. A confiança na resistência de seus carros e caminhões é tanta que o presidente da Volvo arriscou sua vida em um comercial que assegurava a qualidade do Volvo FMX.
Ao longo da sua história, a empresa participou e manteve vários projetos relacionados à prevenção de acidentes. Uma das mais recentes iniciativas da Volvo é ousada e prevê a eliminação de mortes em todos os seus novos modelos até 2020. Máté Petrány, redator do site Jalopnik, visitou a sede da fabricante em Gotemburgo, na Suécia, e conferiu de perto como a companhia pretende alcançar tal meta. Esses aparatos e métodos, dos quais muitos estão presentes no XC90, você confere agora.
Duro de quebrar
De acordo com os relatos dessa publicação, que traz comentários de engenheiros e analistas de segurança da Volvo, um dos principais fatores de proteção dos veículos da marca daqui para frente é a adoção de aço de ultra resistência no lugar de alumínio em partes mais finas da carroceria. Assim, a estrutura dos modelos da fabricante pode ser cinco vezes mais resistente do que modelos que utilizam materiais tradicionais.
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Tal característica também permite a adoção de um mecanismo de proteção incorporado aos bancos que reduz a força vertical aplicada sobre eles em caso de capotamento. Além disso, alguns componentes são reposicionados. Por exemplo, em alguns modelos a bateria e seus acessórios são alocados no centro do veículo, mantendo o seu centro de gravidade mais baixo e minimizando a possibilidade de capotamentos — além de impactos diretos nesses equipamentos que podem causar incêndios.
Testes exaustivos
Antes de comercializar qualquer unidade do XC90, a Volvo realizou testes exaustivos para garantir a eficiência de cada recurso de segurança implementado no veículo. Ao todo, foram usados 100 carros durante o processo de verificação, além de 30 mil simulacros, ou seja, dispositivos ou simulações 3D que reproduzem um veículo ou partes dele.
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Em um dos experimentos, os automóveis de teste são lançados em um pequeno mas íngreme morro a mais de 80 km/h, fazendo eles praticamente voarem por alguns metros até caírem com grande impacto novamente no chão. Outra análise comum é o impacto dos automóveis contra espessas paredes de concreto a velocidades que os motoristas geralmente alcançam em avenidas e estradas — e até cervos emborrachados de tamanho e peso real são arremessados contra os carros.
Autonomia e tecnologia
Como não poderia deixar de ser, a tecnologia está envolvida em vários dispositivos criados ou adotados pela Volvo nessa empreitada por mais segurança. Um desses mecanismos avançados é uma espécie de freio automático combinado a um sistema de previsão de colisões. Esses aparatos seriam capazes de fazer com que o veículo escapasse de acidentes, ou pelo menos reduzindo ao máximo a velocidade, sem que ele saísse da via ou se chocasse com outros automóveis e objetos na pista.
A companhia possui projetos também para sensores e câmeras que podem identificar pessoas e animais que se movimentam rapidamente e indiquem comportamentos de cruzar a estrada — inclusive durante a noite. Conforme relatado por Petrány, representantes da empresa informaram que esse sistema pretende conseguir distinguir um homem vestido de lata de cerveja em comemorações no Dia das Bruxas, por exemplo.
E isso não é tudo: a Volvo trabalha também em uma plataforma de comunicação entre os veículos, sejam eles da sua marca ou das empresas concorrentes. A ideia aqui é fazer com que os automóveis mapeiem todos os outros carros a sua volta, podendo garantir uma distância segura entre eles e até abrindo espaço para a passagem de uma ambulância. Clique aqui para conferir um vídeo com animações que ilustram algumas dessas tecnologias.
Por fim, a fabricante salienta que tais funções autônomas não pretendem facilitar tweets ou leitura de jornais atrás do volante. O objetivo delas é, na verdade, manter os ocupantes dos veículos a salvo em situações que os olhos ou reflexos humanos não são suficientes, como quando estamos muito fadigados ou em densos nevoeiros.
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