O Quantum Sky é o smartphone que atualmente ocupa a posição de top de linha da marca brasileira, por mais que na verdade o hardware o deixe enquadrado entre os celulares intermediários do mercado. Por esse motivo, é de se esperar que o dispositivo não chegue no mesmo nível que os aparelhos de ponta das empresas maiores, mas isso não quer dizer que ele é um aparelho ruim, não.
O celular da empresa brasileira tem seus pontos fracos, como a duração da bateria, mas chega com um desempenho que se encaixa na faixa de preço e traz também alguns outros pontos interessantes. Quer saber mais sobre o Sky? Então confira a seguir a nossa análise completa.
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Polêmico, mas bonito
Vamos começar pelo design, porque aqui já tem uma polêmica. A parte da frente é feita em vidro com bordas ligeiramente arredondadas, enquanto o corpo é feito de um metal fosco. A câmera traseira fica um pouquinho destacada, mas isso não chega a incomodar. Em geral, é um visual bonito e passa a sensação de boa qualidade para o aparelho.
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Mas então por que afirmamos que esse item é polêmico? O que acontece é que tem uma galera que reparou que o visual é praticamente idêntico ao de um smartphone chinês, o Gionee A1. Até o hardware é bem parecido, o que deixou algumas pessoas com o pé atrás. Eu, particularmente, prefiro avaliar o smartphone por ele mesmo, e no quesito estético ele me agradou.
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Seja como for, o fato é que a traseira é lisa e pode ser um pouco escorregadia. Uma coisa boa para os mais desastrados é que a Quantum incluiu uma capinha transparente e até mesmo uma película para a tela dentro da caixa do celular. Ah, e eu preciso falar aqui também que não, o Quantum Sky não tem certificação de resistência à água.
Tela de respeito
A tela é certamente um dos pontos positivos mais sólidos do Quantum Sky. O tamanho de 5,5 polegadas é grande, mas sem exageros. A resolução Full HD cria imagens com ótima quantidade de detalhes, e as cores são bem equilibradas e destacadas. Até mesmo a profundidade dos pretos me surpreendeu, o que faz o painel IPS LCD utilizado ficar devendo pouco para um AMOLED.
Acho que a única desvantagem que realmente faz diferença na tecnologia que a Quantum escolheu usar foi o impacto dela no consumo de energia, mas sobre isso vou dar detalhes mais adiante. Seja como for, a experiência de uso da tela do Quantum Sky é muito boa, tanto na hora dos joguinhos e dos vídeos quanto durante o uso comum. Dava para ser melhor? Sim, mas para um celular intermediário já está mais do que excelente.
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Desempenho bom, espaço ótimo
Quanto ao desempenho, o aparelho também não decepcionou. O processador octa-core da MediaTek junto com os 4 GB de RAM são o suficiente para que o sistema rode liso e sem travamentos. A velocidade de abertura e troca de apps também é boa. Claro que o carregamento dos aplicativos no Quantum Sky não é tão rápido quanto nos celulares de ponta do mercado, mas para um intermediário ele está de acordo e faz um bom trabalho.
Na hora dos games, o Sky também se sai bem e consegue rodar de tudo com um desempenho legal. Mesmo títulos um pouco mais avançados e com gráficos avançados funcionam sem engasgos perceptíveis. Não dá para esperar o mesmo poder de fogo de aparelhos mais caros, mas mesmo assim ele dá um caldo para quem gosta de jogar nas horas vagas ou no transporte.
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Um ponto legal de mencionar aqui é o armazenamento interno do celular, que tem nada menos do que 64 GB. Esse é um número bom e coloca o espaço interno do Quantum Sky na frente de muitos dos competidores na faixa dos R$ 1,5 mil – e isso ainda pode ser aumentado com um cartão micro SD, mas há uma ressalva séria aqui.
Benchmarks
Para ver como o Quantum Sky se sai em comparação com seus principais concorrentes, o aparelho foi submetido a três aplicativos de benchmark. Os testes utilizados foram o 3DMark (Ice Storm Unlimited), o AnTuTu Benchmark 6 e o Vellamo Mobile Benchmark (HTML5 e Metal).
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O 3D Mark oferece uma série de testes para benchmark de smartphones. Entre eles, o Ice Storm Unlimited permite comparar diretamente entre processadores e GPUs. A resolução do display é um fator que pode afetar o resultado final. Quanto maior a pontuação, melhor o desempenho.
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O app AnTuTu 6 permite testar interface, CPU, GPU e memória RAM dos dispositivos. Os resultados são fornecidos individualmente e somados para gerar uma pontuação total. E aqui também vale a máxima para os pontos: quanto mais, melhor.
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O Vellamo Mobile Benchmark aplica dois testes aos smartphones, avaliando o desempenho do celular durante o acesso de conteúdo na internet por meio de navegadores no primeiro e a performance do processador no segundo. Novamente, números maiores indicam resultados melhores.
Dilema dos cartões
O Quantum Sky tem dois espaços para cartões na bandeja. Um deles é para um chip micro SIM, enquanto o outro serve tanto para um nano SIM quanto para um micro SD. E é aqui que está o problema. O padrão nano SIM é usado em vários aparelhos já faz bem mais de 2 anos – que é mais ou menos o tempo que a maioria das pessoas leva para trocar de celular.
Dessa forma, há grandes chances de quem comprar esse smartphone agora já usar um chip nano. Aí você só vai conseguir usar o espaço híbrido para colocar um cartão de memória se comprar um adaptador que transforme um nano SIM em micro SIM, o que é uma coisa bem chatinha.
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Interface na medida
No quesito interface, a Quantum escolheu seguir uma abordagem bem próxima do Android Nougat puro em sua versão 7.0. A única diferença perceptível foi nos ícones dos aplicativos que já vêm instalados, que têm uma cara própria, mas ainda seguem as linhas do Material Design da Google.
Como o software não têm modificações e não vem cheio de apps desnecessários, o sistema roda liso o tempo todo, e a utilização é bem fluida e ágil o tempo todo. Sem mistérios para qualquer pessoa que já tenha usado um Android puro (ou quase puro).
A navegação é feita por botões capacitivos ao lado da tecla Home, que podem ser reprogramados para deixar as funções voltar e aplicativos recentes na ordem que você quiser. O botão central é mecânico e deve ser pressionado para te levar para a home, mas também inclui um sensor de digitais. É só encostar o dedo cadastrado para desbloquear o aparelho. A velocidade de desbloqueio é boa, mas não chega a ser impressionante.
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Vale ainda avisar que o Quantum Sky vem com aplicativo de rádio FM, que exige apenas que você ligue o fone de ouvido como antena para que o sinal seja captado sem problemas. E dá até para gravar o que estiver rolando na estação que você sintonizar.
Câmeras abaixo do esperado
As câmeras são um ponto em que eu esperava um pouco mais do Quantum Sky. O sensor traseiro da Sony tem 13 MP e lente com abertura de f/2.0, o que permite fazer fotos com boa definição em ambientes bem iluminados. Ela é ágil tanto na hora do foco quanto nos cliques, e as imagens saem com detalhes ricos e cores legais sob a luz solar ou em cenários internos com luzes fortes.
No entanto, é só ir para ambientes mais escuros, que a qualidade cai bastante. É possível usar o flash LED ou o modo noturno para tentar clarear as imagens, mas os resultados não ficam muito bons mesmo assim, e as cores acabam um pouco distorcidas. A resolução máxima dos vídeos é Full HD a 30 quadros por segundo, mas um sistema de estabilização de imagens faz falta por aqui, e as gravações sofrem bastante com qualquer balanço ou tremida.
Galeria 1
A câmera frontal até tem mais resolução que a traseira, com 16 MP no total, mas a abertura é a mesma – e os problemas também. As selfies em ambientes com luzes fortes ficam boas, mas no escuro a situação já não é ideal. Dá só para quebrar o galho mesmo. É possível usar o sistema de embelezamento para suavizar alguns detalhes do seu rosto, mas a dica aqui é a mesma de sempre: cuidado para não colocar tudo no máximo e acabar parecendo um alienígena.
Em geral, dá para dizer que as câmeras do Quantum Sky são decentes para um intermediário, mas estão longe de serem as melhores na faixa dos R$ 1,5 mil.
Bateria boa para não usar
Com uma bateria de 4.010 mAh, eu esperava que o Quantum Sky tivesse uma duração pelo menos decente fora da tomada – e dá para dizer que esse é mesmo o caso, mas só se você não usar muito o smartphone. E é aqui que você me diz: como assim? A explicação vem a seguir.
No nosso teste de stress, com reprodução contínua de um vídeo por 1 hora com o brilho da tela no máximo, o consumo de energia do Sky permitiria que aguentasse apenas 5 horas e meia antes de ficar sem força – um número assustadoramente ruim. Diminuir o brilho para a metade só faz o total aumentar para 6 horas e 40 minutos, o que continua sendo bem pouco.
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Usando o aparelho normalmente, percebi que a bateria acaba sendo drenada bem rápido enquanto a tela estiver desligada. É só passar 1 horinha jogando ou assistindo a vídeos para ficar bem difícil passar um dia inteiro longe da tomada.
Já quando resolvi testar uma utilização bem moderada do aparelho, tentando usá-lo o mínimo possível, só para responder a mensagens e marcações nas redes sociais, aí sim a duração da bateria me surpreendeu. Deu para chegar tranquilamente a mais de dois dias e ainda sobrou um pouco de carga para a manhã seguinte, o que significa que o consumo de energia do Sky em stand-by é baixo e que o vilão realmente é a tecnologia que a Quantum usou na tela.
Ou seja, a bateria é boa, mas só para quem passa mais tempo com o display do celular desligado do que ligado. Na hora da recarga, o Quantum Sky consegue ir de zero a cerca de 43% em meia hora, mas precisa ficar umas 2 horas e 10 minutos ligado na tomada para chegar a 100%.
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Extras
Antes de fechar, vale falar também do áudio. A caixa de som do Quantum Sky fica na posição que para mim é a pior possível, na parte de baixo do aparelho. Com ela nesse local, não é difícil acabar cobrindo a saída com a mão quando você vai jogar ou ver vídeos na horizontal. Fora isso, a qualidade sonora é boa, mas o volume não atinge níveis muito fortes.
Pelo menos a fabricante compensa o alto-falante fraco incluindo fones de ouvido intrauriculares de boa qualidade na caixa, além da capinha e da película que já mencionei mais acima.
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Vale a pena?
O preço oficial do Quantum Sky é R$ 1,5 mil, mas você pode encontrá-lo por R$ 1.350 se pagar à vista no boleto ou em uma vez no cartão de crédito no site da empresa brasileira. Por lá, é possível achar o modelo prateado com a frente preta ou o dourado com a frente branca.
Em linhas gerais, não dá para negar que o Sky é um bom aparelho. Ele tem um desempenho condizente com um intermediário de qualidade, excelente armazenamento e tela com boas imagens. Além disso, a caixa inclui capinha, película e fones de ouvido intrauriculares, o que são detalhes legais.
Por outro lado, as câmeras acabaram não sendo tão boas quanto o esperado, ficando com uma qualidade abaixo da de rivais na mesma faixa de preço, como o Zenfone 3 Zoom, o Moto G5S Plus e o Galaxy J5 Pro, entre outros. Mesmo assim, o ponto que realmente complica as coisas para o Quantum Sky é a duração da bateria, que só é boa se você realmente não for tirar proveito dos pontos fortes do aparelho. Aí, se é para pegar um celular só para usar mensageiros e redes sociais, melhor escolher um mais barato.
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E você, o que achou do Quantum Sky? Deixe a sua opinião e as dúvidas que tiverem sobrado nos comentários mais abaixo, que eu respondo assim que puder. Se você está interessado em um dos aparelhos que citamos aqui, confira a seguir links com os melhores preços que nós conseguimos encontrar.
Opções de compra
- Quantum Sky: https://goo.gl/kxy4ST
- Zenfone 3 Zoom (32 GB): https://goo.gl/G2VXWS
- Zenfone 3 Zoom (64 GB): https://goo.gl/Esvz9W
- Zenfone 3 Zoom (128 GB): https://goo.gl/qJR5bh
- Moto G5S Plus: https://goo.gl/9Fp4gf
- Galaxy J5 Pro: https://goo.gl/JJPHPZ
![Quantum Sky: review/análise [vídeo]](https://tm.ibxk.com.br///2017/11/27/27183425592443.jpg?ims=358x269/filters:quality(80))