A Apple se manifestou sobre o problema “efeito gelatina” que foi percebido por alguns usuários no novo iPad Mini, conforme mostramos aqui no TecMundo recentemente. Em um comunicado enviado ontem (28) ao site Ars Technica, a Maçã afirma que a inclinação mostrada é um comportamento normal do LCD, não cabendo à empresa fazer qualquer tipo de reparo.
Conhecido como “skewing”, que poderia ser livremente traduzido como “enviesamento”, o efeito ocorre porque no LCD as telas são atualizadas linha a linha, ou seja, há um pequeno delay entre o momento em que o iPad começa a desenhar a linha na parte superior da tela e a imagem é atualizada na parte inferior. A impressão, no entanto, é perceptível em apenas alguns dispositivos.
O que dizem os especialistas?
Segundo o site The Verge, cujo editor-executivo Dieter Bohn capturou o “efeito gelatina” em câmera lenta e o divulgou no Twitter, a informação da Apple, de que esse efeito é comum em monitores LCD, está correta. Quem quiser verificar na prática o efeito, pode até visualizá-lo em sua própria tela neste site. No entanto, explica Bohn, ele geralmente é imperceptível porque acontece na orientação vertical, e não no sentido horizontal que usamos para navegar na web.
— Dieter Bohn (@backlon) September 22, 2021Here is is slow-mo video of scrolling on the iPad Min i slowed down EVEN MORE in a frame-by-frame step through. Notice how the right moves up faster than the left.
In normal usage you barely see it, but every now and then it become noticeable. In landscape it goes away entirely pic.twitter.com/iq9LGJzsDI
Portanto, o motivo pelo qual o efeito fica mais perceptível no iPad mini é que o tablet normalmente é usado no sentido vertical, sendo bastante improvável que a inclinação se torne visível quando o usuário usa o dispositivo no modo paisagem.
O site Ars Technica, no entanto, pondera que a questão principal é que o “efeito gelatina” só é perceptível no iPad mini e imperceptível nos demais iPad com telas LCD de 60 Hz, como o iPad Air 4, por exemplo. Os testes do site também revelaram a existência de “uma linha divisória clara no meio da tela no modo retrato”.