(Fonte da imagem: Reprodução/Sillicon Angle)
Quem já passou por situações em que o smartphone é destruído em quedas de baixas alturas já deve também ter sentido saudades daqueles aparelhos mais antigos que pareciam ser invulneráveis — e podemos dizer que eles praticamente eram, pois podiam aguentar impactos de diversas intensidades. Mas por que é que os aparelhos atuais parecem tão mais frágeis?
A resposta é uma soma de fatores bem simples de serem compreendidos — todos eles diretamente ligados à estrutura de fabricação. Está curioso para saber como isso funciona exatamente? Então acompanhe o nosso artigo e conheça os principais agentes que podem influenciar na fragilidade do seu celular.
Desprotegendo as telas
Antes de os smartphones dominarem o mercado, as telas dos celulares eram bem menores do que são atualmente e ocupavam parcelas pequenas das estruturas. Além disso, os painéis de LCD ficavam protegidos por partes plásticas e isso tornava bem difícil o contato com eles. Dessa forma, os acidentes que danificavam os displays precisavam ser muito mais violentos.
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Hoje, utilizamos aparelhos que são compostos por telas de mais de quatro polegadas, sendo que essa estrutura é a parte principal de controle dos dispositivos — demandando ainda que não haja nada acima dela, pois os comandos são realizados por toques no próprio display. Somando o fato de a tela ser uma das partes mais frágeis com a exposição dela, fica fácil entender os riscos aos quais nos submetemos.
A palavra “carcaça” pode parecer ruim, mas ela descreve perfeitamente a estrutura externa dos smartphones. E essa carcaça é muito importante para manter os aparelhos em funcionamento, uma vez que ela é responsável pela proteção dos componentes eletrônicos internos e também da tela dos aparelhos. O problema é que, ao mesmo tempo em que esse componente é feito para proteger, também precisa ser leve e ultrafino para acompanhar o mercado, e esses dois fatores nem sempre andam juntos.
A importância da imobilização
Uma das grandes tarefas desempenhadas pela estrutura principal dos aparelhos é manter todas as peças imóveis. Qualquer movimentação nos componentes pode causar danos bem complicados e até mesmo o desprendimento deles — o que ninguém quer que aconteça. É preciso ter isso bem claro: a flexibilidade nos aparelhos pode causar rompimentos nas telas — a menos que eles sejam feitos para isso, como o G Flex.
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(Fonte da imagem: ShutterStock)
Para manter os componentes imóveis, há uma série de medidas que podem ser tomadas pelos fabricantes. A Samsung, por exemplo, usa estruturas plásticas para fazer seus aparelhos da linha Galaxy, mas esses plásticos são rígidos e ainda contam com uma estrutura interna que funciona como um protetor extra para as partes mais delicadas.
O iPhone 5C da Apple também utiliza partes plásticas em sua estrutura, mas reforça tudo com peças de aço nas camadas interiores — ficando com uma proteção bem similar à do iPhone 5S. Há empresas também que utilizam colas especiais para bloquear espaços vazios e fazer com que as peças internas dos smartphones fiquem imóveis.
Espessura: é tudo questão de física
Como já dissemos neste artigo, os equipamentos estão cada vez mais finos e isso faz com que as estruturas fiquem menos resistentes do que seriam se fossem mais espessas — basta pensar em uma casa cujas paredes são feitas com várias camadas de tijolos, pois elas claramente serão mais resistentes do que uma casa feita com apenas uma camada.
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Levando isso para os portáteis, precisamos pensar que, quanto menos materiais revestindo as peças, mais fácil é para causar danos ao que há por dentro. Isso vale também para as telas, pois elas vêm ficando cada ano mais finas e leves — o que significa menos material compondo a própria tela e também protegendo-a de influências externas.
Ao mesmo tempo, o mercado exige que elas ofereçam resistência suficiente para garantir que a simples utilização dos aparelhos não vai causar danos. Como mostra o site Wired, há estudos que mostram que uma tela Gorilla Glass atual poderia ser praticamente indestrutível se possuísse a mesma espessura de uma da primeira geração, mas essa resistência diminui junto com a espessura. Será que algum dia teremos algo totalmente invulnerável sendo carregado em nossos bolsos?
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É bem evidente que a tecnologia de portáteis evoluiu a passos largos nos últimos dez anos. Para perceber isso, você só precisa comparar um aparelho lançado antes do início da era dos smartphones e um atual. Mas será que algum dia eles serão indestrutíveis? Será que isso é interessante para as fabricantes? Para os consumidores certamente seria...