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Marca-passos que podem ser hackeados vão passar por “recall” nos EUA

Os dispositivos da marca Abbott vão precisar ser atualizados para que hackers não interfiram em seu funcionamento

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

30/08/2017, às 13:38

Marca-passos que podem ser hackeados vão passar por “recall” nos EUA

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Um perigo detectado e relatado pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos é o fato perfeito para lembrar as pessoas dos riscos que envolvem produtos conectados. Se por um lado, a Internet das Coisas vem para facilitar e tornar mais prática a vida das pessoas, o fato de tudo estar interligado sem o uso de fios exige medidas de segurança impecáveis, especialmente se o dispositivo em questão é o que nos mantém vivos.

Assim, a FDA (Food and Drugs Administration) publicou um aviso dizendo que modelos de marca-passo da Abbott (a empresa anteriomente conhecida como St. Jude Medical) possuem uma falha em seu software de funcionamento que pode permitir a intervenção de hackers, ou seja, é possível invadir e desativar esses dispositivos implantados no corpo de quem possui problemas cardíacos.

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Atualização necessária

O problema é assustador: quase 500 mil pessoas utilizam marca-passos que apresentam esse problema e a Abbott já anunciou uma espécie de “recall” do produto. Com isso, pacientes que utilizem esse dispositivo devem visitar seus médicos para realizarem uma atualização em seu firmware, o que deve corrigir o risco de invasão.

O aumento do uso de softwares e tecnologia sem fio em dispositivos médicos podem, também, oferecer cuidados de saúde mais seguros

“A FDA lembra aos pacientes, cuidadores de pacientes e prestadores de cuidados de saúde que qualquer dispositivo médico conectado a uma rede de comunicações (por exemplo: Wi-Fi, internet pública ou doméstica) pode ter vulnerabilidades de segurança cibernética que poderiam ser exploradas por usuários não autorizados ", diz o relatório da FDA. “Porém, o aumento do uso de softwares e tecnologia sem fio em dispositivos médicos podem, também, oferecer cuidados de saúde mais seguros, eficientes, convenientes e oportunos”.

Ainda não houve nenhum relato de algum marca-passo afetado por causa dessa falha de segurança, mas o incidente fica como exemplo de que dispositivos médicos conectados sem fio e sem a devida segurança podem apresentar riscos muito maiores do que imaginamos.



Editor do The BRIEF. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e grande admirador das obras de J.R.R. Tolkien.

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