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Ciência

Astrônomos flagram exoplaneta nascendo na constelação de Auriga

O astro que está se formando fica a 520 anos-luz de distância da Terra

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

20/05/2020, às 17:00

Astrônomos flagram exoplaneta nascendo na constelação de AurigaFonte:  Space.com/Reprodução 

Imagem de Astrônomos flagram exoplaneta nascendo na constelação de Auriga no tecmundo

Imagens registradas pelo Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (VLT), no Chile, revelaram o nascimento de um exoplaneta na constelação de Auriga, há 520 anos-luz de distância da Terra. A descoberta foi feita por astrônomos da Organização Europeia de Pesquisa Astronômica (ESO).

No estudo publicado no Astronomy & Astrophysics, nesta quarta-feira (20), eles relatam que fotos anteriores, registradas por outros telescópios, já mostravam braços em espiral se formando em um imenso disco de poeira e gás, ao redor da estrela AB Aurigae. Segundo os pesquisadores, tais espirais são evidências de mundos recém-formados.

Com as análises feitas a partir das imagens obtidas pelo VLT, eles conseguiram uma observação mais detalhada do fenômeno, que revelou algo diferente, uma torção nos braços espirais. E é neste local que provavelmente o planeta bebê está se formando.

Imagem do exoplaneta em formação.Imagem do exoplaneta em formação.

Este tipo de torção é descrito em alguns modelos teóricos de formação de planetas, de acordo com a pesquisadora do Laboratório de Astrofísica de Bordeaux Anne Dutrey, coautora da pesquisa. Ela destaca ainda que a formação estaria ocorrendo relativamente longe da estrela AB Aurigae, o equivalente a cerca de 30 vezes a distância entre a Terra e o Sol.

Mistérios da formação de exoplanetas

As observações feitas por meio do VLT podem ajudar a elucidar muitos mistérios em relação à formação de exoplanetas, tema ainda pouco conhecido. O fenômeno observado corresponde à conexão de duas espirais, segundo Dutrey: “Uma girando para dentro da órbita do planeta, a outra expandindo para fora”. 

E no ponto de encontro delas, fica o local de formação: “Elas permitem que o gás e a poeira do disco se acumulem no planeta em formação e o fazem crescer”, complementou a cientista.

O líder do estudo e pesquisador do Observatório de Paris Anthony Boccaletti ressalta a importância de descobertas como esta: "Precisamos observar sistemas muito jovens para realmente capturar o momento em que os planetas se formam", afirmou.



Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.

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