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Ciência

China arremessa módulo na Lua para não aumentar lixo espacial

Decisão de arremessar a sonda foi tomada para evitar criar 'lixo espacial' na órbita do satélite

10/12/2020, às 10:00

China arremessa módulo na Lua para não aumentar lixo espacial

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A missão Chang'e 5 foi uma das mais complicadas já lançadas pelo homem para a exploração da Lua, envolvendo quatro módulos – um deles, em vez de permanecer em órbita da Lua, foi enviado de volta à superfície do planeta, onde permanecerá sem uso.

A decisão, segundo o controle da missão na Administração Espacial Nacional da China (CNSA), foi tomada para não transformar o módulo de ascensão da Chang'e 5 em lixo espacial, reduzindo os riscos de futuras missões de exploração lunar.

Em comunicado, a agência espacial disse que “esta é uma importante promessa feita pela China em relação à exploração e à utilização pacífica do espaço pelos humanos.

O módulo de ascensão da missão Chang'e 5 foi responsável por levar ao módulo de retorno, que permaneceu em órbita à espera, amostras coletadas pelo módulo de pouso na superfície lunar. No domingo (6), os dois realizaram uma complexa manobra de acoplamento para transferência das amostras do solo lunar. 

— Andrew Jones (@AJ_FI) December 6, 2020

Depois de sair da órbita lunar às 6h59, o ascensor caiu cerca de meia hora depois em um ponto a 0 graus de longitude e 30 graus sul de latitude.

Chegar, descer, coletar, subir, voltar

A missão Chang'e-5 foi lançada em novembro deste ano, consistindo de quatro módulos: o descendente, que compreendeu dois dos módulos, se separou do orbitador (formado pelos outros dois módulos) e pousou na Lua próximo a uma formação vulcânica no Oceanus Procellarum, uma região a oeste do satélite.


Ali, ele recolheu amostras geológicas de 1,21 bilhão de anos, mais novas do que aquelas trazidas pelas missões do programa Apollo (entre 3,1 bilhões e 4,4 bilhões de anos).

Encerrada a coleta de material, a lata com as amostras lunares foi transferida para o segundo módulo (o de ascensão). Este voltou à órbita da Lua, onde se acoplou ao módulo de serviço, transferindo as amostras para o módulo de retorno, que está programado para pousar no norte da Mongólia Interior da China em 16 de dezembro.


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