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Iniciativa de Elon Musk, Neuralink expande testes de chip cerebral para o Reino Unido

Após sucesso em testes nos EUA, a chip cerebral de Elon Musk será implantada em sete pacientes britânicos.

Avatar do(a) autor(a): Amanda Fleure

05/08/2025, às 14:45

Atualizado em 05/08/2025, às 17:39

A Neuralink, empresa de Elon Musk, está expandindo seus testes clínicos para o Reino Unido após a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do país. O objetivo é implantar chips cerebrais em sete pacientes que sofrem de paralisia grave, seja por lesões na medula espinhal ou doenças como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Os dispositivos, do tamanho de uma moeda, permitirão que os voluntários controlem smartphones e tablets apenas com o pensamento, um avanço significativo para a tecnologia de Interface Cérebro-Computador (BCI).

A iniciativa britânica se soma aos testes já realizados nos Estados Unidos, onde cinco pacientes receberam o implante desde o início de 2024. A empresa ressalta que o estudo é um passo crucial para tornar a tecnologia acessível a pessoas com distúrbios neurológicos em todo o mundo. 

A colaboração com instituições como a University College London Hospitals Trust e o Newcastle Hospitals reforça a seriedade da pesquisa e a busca por um avanço que pode transformar a vida de milhões de pessoas.

Neuralink enfrenta discussões éticas

Contudo, a expansão da Neuralink não está livre de polêmicas. Críticos levantam sérias questões éticas, como a falta de regulamentação apropriada e o risco potencial de controle. 

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Aqueles com paralisia devido a esclerose lateral e lesões na medula espinhal se qualificam para o estudo, segundo a Neuralink. (Imagem: Reprodução X/Neuralink)

Anteriormente, a empresa já enfrentou controvérsias com testes em animais, em que cerca de 1.500 deles morreram. Em um dos testes humanos, a retração dos fios do chip em um paciente levantou ainda mais discussões sobre a segurança e a eficácia das operações, mesmo com a Neuralink afirmando ter ajustado o algoritmo para mitigar o problema.

O desenvolvimento da BCI é visto como uma área promissora da medicina, mas a empresa de Elon Musk terá que navegar por um complexo cenário de desafios técnicos, éticos e regulatórios para provar que sua tecnologia é segura e benéfica a longo prazo.



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Amanda Fleure

Especialista em Roteirista

Jornalista, repórter, redatora, locutora e apresentadora especializada em Games e eSports | Antes na ESPN, UOL, Terra, Folha, Estadão, GameHall e outros portais.

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