A Cooler Master está entrando com tudo no mercado de acessórios gamer no Brasil, incluindo mouses e teclados mecânicos através da linha CM Storm. E o Quick Fire TK é mais um teclado desse tipo lançado pela companhia. Ele possui diversos recursos interessantes que vão agradar aos jogadores e não jogadores.
Isso porque ele serve tanto para a digitação de textos quanto para os jogos. Isso se deve aos switches Cherry do modelo Brown. Nós testamos o equipamento e vamos dizer se ele é mesmo bom.
Design
A proposta do Quick Fire TK é ser compacto, algo não muito comum, pelo menos em teclados mecânicos. Isso porque a maioria desses equipamentos possui dimensões mais avantajadas.
Mas isso não significa que o Quick Fire TK seja ruim, muito pelo contrário. O formato dele, apesar de compacto, foi bem planejado pela Cooler Master. O modelo possui praticamente todas as teclas de um teclado tradicional, mas algumas funções foram “mescladas” em nome do formato.
Para conseguir adaptar um teclado numérico, a empresa optou por suprimir algumas teclas: as setas direcionais e o painel de comandos que fica logo acima delas. Contudo, essas funções não desapareceram por completo. As setas direcionais foram mescladas com o painel numérico.
Veja na imagem a seguir:
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Essa característica não é de todo ruim, mas prejudica um pouco o uso do equipamento — pelo menos até você se acostumar com o formato. No restante, as teclas seguem o layout ABNT2, com direito a tecla cedilha e tudo o mais. Como quase todos os teclados mecânicos, as teclas do Quick Fire TK são mais altas devido aos switches. Mas, como elas são macias, isso não incomoda na hora da digitação.
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Uma das características mais legais desse equipamento é o cabo de conexão USB. A Cooler Master criou um sistema bem interessante. O cabo é móvel — como em quase todos os modelos da empresa. O slot de conexão fica em uma cavidade especial na parte de baixo do teclado, bem no centro. Com isso, o fio pode sair por qualquer um dos três lados, permitindo que você organize melhor a sua mesa de trabalho.
A maioria dos teclados tradicionais possui o cabo de dados saindo pelo lado direito, o que algumas vezes impossibilita o posicionamento da máquina do lado esquerdo da mesa ou deixa o fio muito esticado; agora, a Cooler Master conseguiu resolver esse problema de maneira inteligente.
O teclado deixa a desejar em um ponto: não apresenta conectores USB nas laterais. Esse tipo de conexão é bem comum em teclados mecânicos e poderia ter sido considerada pela Cooler Master no projeto do Quick Fire TK.
Galeria 1
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Teclas iluminadas
A iluminação do teclado é completa, com direito a três modos independentes de funcionamento, além de cinco níveis de brilho distintos. As teclas são pretas e a luz é branca.
Também existem modelos desse teclado em versões distintas em que é possível escolher o tipo de iluminação entre vermelho, azul ou branco. Já o teclado pode ser preto ou branco.
Através da combinação das teclas “função” (FN) com teclas específicas, é possível ajustar o brilho da luz de fundo, passando até mesmo por um modo pulsante onde a luz aumenta e diminui de intensidade automaticamente.
Para completar, também é possível deixar acesas somente as teclas W, A, S e D; utilizadas frequentemente em jogos. Esses padrões de iluminação estão presentes na maioria dos teclados CM Storm.
Galeria 2
Switches Cherry MX
Os switches desse teclado são da marca Cherry, a mais tradicional do mercado. A Cooler Master dá aos usuários a opção de escolha de três tipos diferentes na hora da compra: vermelho, azul ou marrom. Cada um deles apresenta uma característica distinta. Veja:
- Cherry MX Red: os switches vermelhos são do tipo linear e foram criados para jogos eletrônicos: eles possuem a menor resistência de todos, ou seja, são os mais macios e não emitem som de clique ao serem pressionados;
- Cherry MX Blue: switch com som de clique. Esse modelo permite que você saiba que a tecla foi pressionada através de um som característico produzido pelo seu mecanismo de ativação. É mais indicado para a digitação;
- Cherry MX Brown: o switch marrom apresenta uma resposta tátil quando pressionado. Isso serve como um aviso de que a tecla foi pressionada, mas sem emitir o som do modelo azul. É considerado o meio do caminho entre o azul e o vermelho e é indicado tanto para jogos quanto para digitação.
O teclado que testamos é branco e possui switches marrons. A qualidade é exatamente a esperada para esse modelo, havendo teclas macias e com feedback tátil, boas o suficiente para digitação ou games. Elas são relativamente silenciosas e não precisam de força para serem acionadas, sendo também ativadas “no meio do caminho”. Ou seja, não é preciso pressioná-las até o final para que o comando seja percebido pelo sistema.
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Desempenho
Resposta aos comandos
Para que um teclado seja bom (principalmente nos jogos), é preciso que não exista lag entre os comandos, e o comando precisa ser reconhecido em, no máximo, 10 milissegundos, que é o tempo máximo que levamos para perceber algo como instantâneo. Qualquer número superior a isso pode ser percebido como atraso.
Visando testar a latência do teclado, utilizamos o Input Lag Testor, um software que calcula o tempo de resposta dos comandos.
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O resultado do teste foi bastante satisfatório e mostra que, pelo menos com o Input Lag, você não precisa se preocupar.
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Vale a pena?
Se você procura um teclado mecânico para uso convencional ou jogos, o Quick Fire TK pode ser uma boa opção, até porque o seu preço é um pouco mais acessível que o de outros modelos. No mercado brasileiro esse teclado pode ser encontrado por R$ 400.
Quanto ao desempenho, não há do que reclamar. Os switches Cherry já estão no mercado há muitos anos e garantem qualidade. A construção desse teclado também é de primeira, garantindo que ele terá um bom tempo de uso.
O layout das teclas é o único ponto que preocupa um pouco: apesar de já ser ABNT, a posição das setas direcionais, compartilhando espaço com o teclado numérico, exige um certo grau de adaptação dos usuários antes de ser algo eficiente. No restante, o Quick Fire TK mostra-se um excelente produto.
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