Durante o segundo dia da Comic Con Experience 2015, a Netflix providenciou muitas emoções para o público que conseguiu entrar no concorrido Auditório Cinemark, por onde passaram os principais convidados do evento. Entre as atrações apresentadas, a empresa falou a respeito das produções originais, incluindo filmes relacionados a Marco Polo e O Tigre e o Dragão, além de novidades sobre Demolidor e conversas com os atores de Jessica Jones e Sense8.
Amantes do das artes marciais orientais não terão do que reclamar no dia 26 de dezembro, data em que a Netflix afirmou que estrearão dois novos filmes “stand alone”. O primeiro anúncio da companhia foi um especial independente de Marco Polo, em que os espectadores serão apresentados à história de origem de Cem-Olhos, que atua como mentor do explorador italiano no seriado.
Na mesma data, os fãs do kung fu poderão se deliciar com o filme “O Tigre e o Dragão – Espada do Destino”, que também chega ao Netflix. A produção não somente segue o estilo artístico do filme original, mas conta até mesmo com uma atriz do longa original, Michelle Yeoh.
Aproveitando o embalo, a empresa também exibiu um teaser da segunda temporada de Demolidor, com direito até mesmo a um vídeo especial de apresentação com os atores Charlie Cox (que interpreta o Homem Sem Medo e seu alter ego, Matt Murdock), Jon Bernthal (Frank Castle/Justiceiro) e Élodie Yung (Elektra Natchios). No vídeo, foi possível ver que o herói terá que aprender a lidar com os métodos nada ortodoxos do anti-herói.
Poder feminino
O ponto alto do painel da Netflix, no entanto, foi a participação de algumas das estrelas por trás dos mais recentes sucessos produzidos pela companhia, Jessica Jones e Sense8. Durante a apresentação, a atriz Kristen Ritter (que vive a protagonista que dá nome à série) e o eterno doutor David Tennant falaram sobre seu relacionamento com as personagens e a resposta do público.
Questionada sobre o que pensa da personalidade de Jessica Jones, Ritter afirmou gostar da personagem porque ela é “durona” e se demonstrou surpresa com toda a empolgação dos fãs presentes no painel. “Ela é uma personagem incrível para mim e para as mulheres em geral, e ter esse tipo de resposta [do público]... Essa é a minha primeira aparição desde a estreia e estou muito feliz de ver vocês aqui, estou animada por vocês terem gostado do programa”, disse.
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Por sua vez, Tennant quis deixar claro não estar de acordo com as ações malignas de seu personagem, o vilão Zebediah Killgrave, mas demonstrou entender um pouco seus sentimentos. “Eu acho que ele gosta de ser quem é. Não concordo com o que ele faz, mas enquanto ele está fazendo sei que está se divertindo demais”, afirmou. Sobre o calor do público, o ator disse estar ansioso para contar para o resto da equipe sobre a recepção dos brasileiros.
Todos somos um
Na sequência, Aml Ameen, Jamie Clayton e Alfonso Herrera também subiram ao palco para falar sobre seus papeis em outra das produções originais da Netflix, Sense8. Durante sua participação, os atores falaram sobre como é trabalhar com os irmãos Wachowski e falaram sobre a ampla representatividade do elenco da série.
Segundo Ameen, trabalhar com os criadores de Matrix foi algo maravilhoso, afirmando que os irmãos possuem a capacidade de combinar todo o espectro de emoções humanas de uma forma extremamente complexa. “Trabalhar com eles e a equipe faz sua mente explodir. Se eu tinha alguma pergunta, não importa quão absurda eles sabiam responder. Dá para ver o amor e o tempo que gastaram pensando em tudo”, complementa Clayton.
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Falando sobre o ponto que mais gosta do seriado, a atriz transexual afirmou adorar a recepção da sua personagem pelo público. “Interpretar alguém que toca o público, uma personagem trans escrita por uma mulher trans, é incrível. É uma honra representar minha comunidade, que foi mal representada por tanto tempo. Não é a primeira vez que algo assim foi feito, mas é a primeira vez que um personagem assim alcançou uma audiência global”, declarou Clayton.
Para Herrera, o mesmo pode ser dito sobre a representatividade étnica dos personagens de Sense8. “Eu acho que essa série é multicultural e representa Ásia, África, Américas... Então creio que mais do que apresentar personagens dos EUA, dá espaço para o mundo todo. Eu comemoro essa internacionalidade”, pontuou.
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