O TecMundo fez uma pesquisa há algum tempo que perguntava aos leitores que tipo de interface eles preferiam no Android; a pura ou a personalizada pelas fabricantes. A maioria esmagadora demonstrou apego pela versão limpa do software, mas a gente sabe que o “brasileiro médio” costuma pensar que as personalizadas são mais completas e, por isso, melhores. Contudo, eu e você sabemos que quantidade de funções raramente é acompanhada de qualidade no âmbito das interfaces aplicadas ao software da Google.
Por isso, fazer um comparativo entre dois tops de linha que seguem de perto a aparência original do Robô foi uma ótima experiência para mim. Apesar de algumas diferenças visíveis, os softwares do Moto Z e do OnePlus 3T são muito semelhantes e trazem aquele tipo de personalização que nós, os entusiastas de smartphones, gostam de ver: simples, porém funcionais.
Por esses dois aparelhos serem tão parecidos nessa abordagem de software, a gente resolveu fazer um comparativo entre os dois. Confira aí.
Hardware parrudo
Em questão de hardware e desempenho, o OnePlus 3T claramente leva vantagem sobre o Moto Z. Ele não apenas é mais novo, mas também conta com um hardware bem mais atualizado, praticamente uma mudança de geração completa. Enquanto o da OnePlus vem com o Snapdragon 821, o da Motorola ficou com o Snapdragon 820. As GPUs permaneceram as mesas, entretanto.
A outra vantagem é o fato de o 3T contar com 50% a mais de RAM na comparação com o concorrente. Um tem 4 GB e o outro 6 GB. Tudo isso pode parecer um exagero — e para o uso cotidiano é mesmo —, mas é possível sim aproveitar esse extra de memória se você curte jogar games pesados no smartphone. Dá para manter vários jogos do tipo carregados e ir alternando entre eles no 3T sem ter que começar tudo de novo.
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Naturalmente, essa situação só se verifica apenas nas mãos de usuários muito exigentes. Portanto, acaba sendo até desimportante, uma vez que o Moto Z sim roda tudo o que o 3T consegue rodar, porém um pouquinho mais lento.
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Boa aparência
Ambos os smartphones são bonitos, mas não dá para negar que o Moto Z consegue tirar aquele “nossa!” das pessoas quando elas o veem pela primeira vez. O celular da Motorola é ridiculamente fino e, de quebra, seu design permite a acoplagem de acessórios modulares capazes de expandir suas funcionalidades.
Por outro lado, tudo isso o torna mais frágil que o OnePlus 3T e também menos coeso. A carcaça do celular da OnePlus é muito bem-acabada e não há cantos ou contatos visíveis para distrair sua atenção. Isso torna o 3T mais elegante em minha opinião, enquanto o Moto Z me parece algo mais de entusiasta do segmento.
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O melhor display?
Em questão de tela, o Moto Z deixa o 3T para trás nas apenas nas especificações. Ele tem resolução 2K e tecnologia AMOLED, mas o Full HD Optic AMOLED da OnePlus consegue bater de frente. A tela do 3T inclusive tem uma calibração de cor mais neutra, realista, na comparação com a do Moto Z.
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Contudo, lado a lado, é possível perceber a superioridade de detalhes que o celular da Motorola consegue representar. Isso o torna excelente para realidade virtual, e como ele é compatível com o Google Daydream, consegue aproveitar essa capacidade.
Mesmo assim, é interessante ver um smartphone com tela Full HD conseguindo enfrentar um de resolução 2K, também conhecida como QHD.
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O melhor Android?
No que toca o software, temos uma situação complicada. Ambas as marcas prezam por manter a interface do Android mais ou menos pura. A Motorola vai mais a fundo, deixando as personalizações estéticas de lado e investindo apenas em funcionalidades extras.
As marcas não precisam deturpar todo o SO para se diferenciar e agradar os consumidores
A OnePlus, por sua vez, faz sim mudanças no visual, mas mantém bastante fidelidade na estrutura e muito do design do Robô que a Google distribui. O 3T ainda conta com mais funções extas adicionadas, sendo quase todas muito úteis e bem organizadas na tela de configurações, sem nenhum tipo de bagunça, como LG e Asus costumam fazer e como a Samsung vinha fazendo até este ano.
Eu não consigo dizer qual é melhor e qual é pior, mas posso afirmar que acabei preferindo o OxygenOS (o Android da OnePlus) do 3T em detrimento do software que a Motorola entrega. Essa talvez seja a primeira vez que eu consegui deixar o Android mais puro de lado para ficar com um mais personalizado, o que prova que as marcas não precisam deturpar todo o SO para se diferenciar e agradar os consumidores.
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Melhor para fotografar
No que tange à qualidade das câmeras desses dois dispositivos, podemos dizer que ambos conseguem fazer fotos de boa qualidade, mas as do Moto Z são sempre mais detalhadas e mais vívidas. Boa parte dessa superioridade se deve ao fato de o foco do Moto Z ser muito rápido e preciso e também à saturação que o processamento da Motorola aplica sobre as imagens.
As fotos do OnePlus 3T são boas, mas como o foco não é tão preciso quanto o do Moto Z, ele perde detalhes e gera um pouco de ruído em capturas de paisagens, quando não há um sujeito claramente definido. Na gravação de vídeo, o 3T consegue fazer um trabalho melhor em estabilização, mas seu destaque mesmo é a possibilidade de fazer fotos em ambientes mais escuros de uma forma bem mais agradável que no Moto Z.
A câmera de selfies do OnePlus também é superior, mas é interessante ressaltar que ela não tem flash LED frontal, como é o caso do Moto Z.
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Fotos feitas com o Moto Z
Galeria 1
Fotos feitas com o OnePlus 3T
Galeria 3
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Longe da tomada
Em autonomia de bateria, o 3T é o campeão. Ele 30% a mais de capacidade de carga e dura mais tempo longe da tomada. No nosso teste de execução de vídeo contínuo pelo YouTube, o OnePlus fez 8 horas e 20 minutos até gastar toda a sua bateria com brilho da tela no máximo e WiFi ligado. Nas mesmas condições, o Moto Z fez sete horas. Contudo, no dia a dia, o 3T consegue passar um dia e meio sem precisar ser plugado, enquanto o modelo da Motorola não dura mais de um dia em qualquer cenário.
Isso acontece porque a OnePlus certamente tem um gerenciamento de energia superior, o que em parte se deve ao processador mais novo.
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Extras
É interessante mencionar que o Moto Z não tem plugue para fones de ouvido e, por isso, vem com um adaptador na caixa que se conecta diretamente à USB-C do aparelho. Contudo, ele ainda vem com um fone padrão no pacote. O OnePlus 3T tem o tal plugue, mas não vem com fone, só cabo e carregador. Esses acessórios que são de melhor qualidade do que os do seu concorrente. Mas o que realmente pode importar para você é a possibilidade de expandir a memória interna, coisa disponível somente no Moto Z. O 3T vem apenas com dois espaços para SIM, nada de micro SD.
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Qual eu compro?
Se você é um entusiasta de smartphones e quer ter sempre o aparelho mais poderoso em suas mãos, não tem como escapar do OnePlus 3T. Ele é o celular mais potente na maioria dos aspectos e entrega mais acesso ao software, caso você seja um desenvolvedor. Por outro lado, o Moto Z é a opção mais indicada para o usuário comum que gostaria de ter um top de linha. Para esse pessoal, o desempenho extra do 3T não justifica a câmera pior nem a impossibilidade de expandir as funcionalidades com módulos, como acontece no concorrente.
Contudo, no exterior, o celular da OnePlus está bem em conta: US$ 439 contra US$ 500 do Moto Z. Por isso, se você resolver trazer algum deles dos EUA, eu recomendo o OnePlus 3T, uma vez que realmente vejo mais valor no desempenho e nas funções de software do que em câmera e modularidade. Além do mais, a OnePlus dá mais suporte a atualizações do que a Motorola. Caso você não vá sair do Brasil, a situação muda um pouco porque o 3T pode acabar ficando mais caro do que o Moto Z caso caia na alfândega. A gente acredita que você possa pagar até uns R$ 2,5 mil, quando o Moto Z mais barato no Brasil gira em torno de R$ 2,2 mil já com alguns acessórios modulares.
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