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Fundador do Waze: 'Começar uma startup é como se apaixonar'

O empreendedor serial foi o grande nome do segundo dia do Emerge Americas, evento de tecnologia que acontece esta semana em Miami (EUA).

Avatar do(a) autor(a): Igor Lopes - Colunista

13/06/2017, às 18:13

Fundador do Waze: 'Começar uma startup é como se apaixonar'

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Imagem de Fundador do Waze: "Começar uma startup é como se apaixonar" no tecmundo

*Em Miami, EUA

Quais são as chances de você, caro leitor, nunca ter usado o Waze na vida? Arrisco dizer que a maioria esmagadora da audiência do Tecmundo, hoje, depende do aplicativo criado pelo israelense Uri Levine para se locomover pelo trânsito das cidades.

O empreendedor serial foi o grande nome do segundo dia do Emerge Americas, evento de tecnologia que acontece esta semana em Miami (EUA). Em sua apresentação, Levine contou sobre o nascimento de seu app mais famoso e como sua vida seguiu após a venda da startup para o Google por 1,3 bilhão de dólares. "Meu pai sempre me disse: se alguém fizer uma oferta irrecusável, não recuse. E foi o que eu fiz". No primeiro dia após a venda, Uri desligou-se do Waze e começou a colocar em prática novas ideias. E assim surgiu a Moovit (uma espécie de Waze para o transporte público), a Roomer (mercado para compra e venda de reservas em hotéis), a Engie (que te auxilia a resolver problemas nos automóveis), a Solomoto (que ajuda pequenos empresários a administrar suas presenças online), entre outras. "Criar uma startup é como se apaixonar. Mas apaixone-se pelo problema que você quer resolver, e não com a solução que você deu para ele", explica. "Foco também é fundamental: se você perder o foco, você não construirá o produto correto".

E os fracassos?

Engana-se quem pensa que o criador de startups de tamanho sucesso nunca fracassou. "Eu tiro lições dos meus fracassos. Uma das minhas startups fracassou porque dei muito poder para o CEO e ele não era a pessoa correta. Se o time não é o ideal, a ideia pode não vingar. Outro fracasso foi quando resolvi fazer um site de vendas coletivas, deixando que as pessoas se organizassem em grupos para decidir o que queriam comprar. O que descobri foi que as pessoas não sabem o que querem e é muito mais fácil elas escolherem um produto a partir de uma lista sugerida. Essa startup do 'Groupon ao contrário' não deu certo", conta. Segundo ele, empreendedores que já passaram pela experiência do fracasso têm 5 vezes mais chances de serem bem sucedidos numa segunda tentativa, se comparado com os iniciantes. "Se startups são uma montanha russa, levantar fundos é como andar numa montanha russa no escuro - você nunca sabe o que está por vir", conclui.

Ao final da apresentação, ao ser perguntado sobre qual de suas startups é a preferida, ele respondeu: "A próxima".

*O jornalista viajou a convite do Emerge Americas.



Founder do Innovation Hub, espaço de conexões para geração de novos negócios voltados para a Inovação. Co-founder do Transformação Digital e do Canaltech. Jornalista que se dedica ao mercado de negócios em tecnologia há quase 20 anos e já viajou o mundo cobrindo os principais eventos de inovação. Desde 2018 mostra o know-how adquirido ao longo da carreira em colunas de inovação no BandNewsTV, ITForum, Terra, Times Brasil/CNBC e, agora, The BRIEF/TecMundo.