Uma pesquisa de grande importância para o conhecimento de nossa galáxia foi concluída nesta semana. Chamado de APEX Telescope Large Area Survey of the Galaxy (ATLASGAL), algo como “Pesquisa de Grande Área da Galáxia com o Telescópio APEX”, o estudo mapeou toda a região da Via Láctea visível do Hemisfério Sul em tamanhos de onda micrométricos, entre a luz infravermelha e as ondas de rádio.
A pesquisa deve ajudar os cientistas a entenderem como e onde as estrelas se formam, além de reunir mais uma série de informações importantíssimas sobre a Via Láctea. O telescópio APEX fica no Chile e tem 12 metros de comprimento, permitindo que os estudiosos entendam melhor as partes frias do universo, formadas por gás e poeira a uma temperatura pouco acima do zero absoluto.
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“Podemos fazer observações detalhadas de nossa galáxia porque estamos dentro dela. Por isso podemos dar zoom nos locais onde as estrelas nascem. Quando olhamos para o céu a olho nu, vemos faixas escuras na Via Láctea. Essas faixas de poeira são os lugares onde as estrelas estão se formando”, disse o cientista Carlos De Breuck, um dos responsáveis pela pesquisa.
Até agora, esse projeto já produziu mais de 70 trabalhos científicos, e suas informações foram comparadas com dados de observações feitas pelos satélites Herschel e Planck da Agência Especial Europeia. A pesquisa detalha a localização de regiões com alto índice de formação de estrelas e mostra a taxa de crescimento da Via Láctea: 13 estrelas com a massa igual à do Sol a cada 10 anos.
Pesquisa feita com telescópio chileno desvenda os mistérios da Via Láctea. Comente no Fórum do TecMundo
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