menu
Tecmundo
Produto

Seminário em São Paulo discute futuro da fibra ótica no Brasil

Encontro teve como objetivo discutir sobre os possíveis avanços da tecnologia no país, além de firmar parcerias

29/10/2013, às 16:20

Seminário em São Paulo discute futuro da fibra ótica no Brasil

Fonte:

Imagem de Seminário em São Paulo discute futuro da fibra ótica no Brasil no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/lcti)

A Agência Nacional de Comércio Exterior e Investimento da Coreia do Sul (KOTRA) promoveu hoje (29/10) em São Paulo o Seminário de Tecnologia em Fibra Ótica da Coreia do Sul. O evento contou com a presença de representantes de fabricantes de componentes para fibra ótica.

A tecnologia, que é uma das mais eficientes para a transmissão de dados, foi discutida entre brasileiros e coreanos. De acordo com Ronaldo Couto, engenheiro de telecomunicações pelo Instituto Nacional de Telecomunicações e consultor em redes óticas, a Coreia é atualmente o país com maior penetração da FTTH (Fiber to the Home, ou "Fibra para o Lar") do mundo, enquanto o Brasil, com baixíssimo uso de fibra ótica, está longe de aparecer nessa lista.

Por aqui, a previsão é de que 20 milhões de novos domicílios recebam conexão de banda larga até 2016, o que demanda a instalação de 6 milhões de quilômetros de fibra ótica por ano. O governo não tem medido esforços para que a fibra ótica fique cada vez mais comum. “Não é feito qualquer projeto governamental atualmente sem a previsão de uso de fibra ótica”, declarou o engenheiro.

No entanto, não é apenas pelo governo que a popularização cresce. Segundo Couto, os maiores investidores da tecnologia na país atualmente são as operadoras de TV a cabo, as empresas de telecomunicação, as concessionárias de energia e os provedores regionais.

Estes últimos, por sua vez, são responsáveis por levar a fibra ótica a locais de difícil acesso, em regiões em que as grandes empresas não costumam chegar. Segundo Marcelo Couto, Diretor da ABRINT (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações), atualmente os provedores regionais são responsáveis por 25% da compra de fibra ótica no país.

A expectativa é que operadoras e provedores regionais invistam mais de R$ 100 bilhões nos próximos anos, aumentando mais ainda a cobertura de banda larga em locais ainda inacessíveis e regiões carentes.

Porém, essas empresas ainda encontram enormes desafios, como o alto custo para a entrega dos serviços. Marcelo Couto esclarece que para as empresas menores os valores são elevadíssimos, o que aumenta o preço para o consumidor. “Grandes empresas alugam postes a R$ 0,50 cada um, enquanto os provedores regionais não conseguem preços menores do que R$ 12 por poste”, complementa.

A evolução coreana

Enquanto isso, na Coreia do Sul, as previsões são de que a tecnologia por fibra ótica continue crescendo. Embora uma leve diminuição tenha sido registrada em 2011, o crescimento da venda de componentes voltou a aumentar no último ano.

Segundo Daniel Seo, Diretor de Engenharia e Marketing da CNT, até 2020 qualquer coreano será capaz de baixar arquivos maiores que 1 GB em questão de segundos. Para Ronaldo Couto, a parceria entre as empresas coreanas é fundamental. “Será que os coreanos são capazes de nos ajudar [na popularização da fibra ótica]? Eu não tenho dúvidas que sim”, completa.