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Meta ameaça remover Facebook e Instagram de toda a Europa

A Meta diz ser inviável continuar serviços como Facebook e Instagram caso lei europeia de armazenamento de dados seja mantida

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

07/02/2022, às 07:12

Meta ameaça remover Facebook e Instagram de toda a Europa

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A Meta, empresa que controla os serviços e produtos chefiados por Mark Zuckerberg, indicou que pode deixar de oferecer as redes sociais Facebook e Instagram em toda a Europa.

O cenário ainda é bem abstrato e é visto como blefe por setores da indústria, mas realmente consta como uma das possibilidades em um relatório enviado pela empresa ao Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador e fiscalizador dos Estados Unidos.

O que aconteceu?

O problema estaria em uma recente lei europeia que impede ou restringe que dados gerados na Europa sejam armazenados, processados e compartilhados por meio de servidores estrangeiros — no caso da Meta, aqueles situados nos Estados Unidos.

A companhia considera essencial a utilização de dados cruzados entre regiões e serviços para a disponibilização de anúncios personalizados e outros negócios. Essa nova legislação da União Europeia prejudicaria tanto a parte técnica quanto financeira da empresa, o que a levou a fazer a consideração mais pessimista possível.

Redes sociaisMeta pode "remover" as redes sociais Facebook e Instagram do território europeu.

"Se não estivermos aptos a transferir dados entre e por continentes ou regiões em que operamos, ou se houver restrição em compartilhar dados entre nossos produtos e serviços, isso pode afetar a habilidade de garantir nossos serviços (...) Nós possivelmente podemos ser impedidos de oferecer uma quantidade de nossos serviços e produtos mais significativos na Europa, incluindo Facebook e Instagram", diz o documento.

Pode dar ruim?

Consultado posteriormente para comentar a declaração, um executivo da Meta confirmou a hipótese e disse que a empresa busca "de boa fé" uma resolução para uma troca de dados mais segura sem comprometer a navegação dos consumidores. A ideia é que um novo acordo seja encaminhado entre empresa e governos ainda em 2022. 

Vale lembrar que, recentemente, o Facebook registrou a primeira queda de sua história em usuários únicos diários, o que fez as ações da companhia caírem consideravelmente.



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.