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Rússia proíbe chamadas de voz pelo WhatsApp e Telegram

O órgão regulador de mídia e internet do país, Roskomnadzor, ampliou as restrições sobre o WhatsApp e o Telegram até que as plataformas cumpram com a legislação local

Avatar do(a) autor(a): Igor Almenara Carneiro

14/08/2025, às 14:15

Atualizado em 14/08/2025, às 15:36

Rússia proíbe chamadas de voz pelo WhatsApp e Telegram

A Rússia anunciou, na última quarta-feira (13), novas restrições para chamadas de voz feitas pelo WhatsApp e Telegram. A medida, segundo o regulador de mídia e internet Roskomnadzor, busca combater crimes como golpes, extorsões e o suposto recrutamento de cidadãos para atividades de sabotagem e terrorismo.

O bloqueio afeta diretamente os cerca de 96 milhões de usuários mensais do WhatsApp e os mais de 89 milhões do Telegram no país, de acordo com o serviço de monitoramento Mediascope. Embora a autoridade tenha mencionado apenas chamadas de voz, usuários relataram também problemas para realizar videochamadas nas duas plataformas.

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WhatsApp e o Telegram tiveram o recurso de chamadas de voz e vídeo bloqueados na Rússia. (Fonte: Grant Davies/Unsplash)

De acordo com o Roskomnadzor, pedidos repetidos para que as empresas adotassem “contramedidas” contra o uso criminoso dos aplicativos foram ignorados. O órgão exige que os mensageiros estrangeiros forneçam acesso a dados de usuários quando solicitado por autoridades. “O acesso às chamadas será restaurado quando passarem a cumprir a legislação russa”, informou o regulador.

  • O endurecimento faz parte de um controle cada vez maior sobre a internet local desde a invasão da Ucrânia, em 2022. 
  • O governo aprovou recentemente uma lei que pune quem buscar conteúdos considerados ilícitos e já planeja substituir os mensageiros estrangeiros por um aplicativo doméstico chamado Max — alvo de críticas por supostamente permitir vigilância estatal.

Respostas dos aplicativos

  • Em resposta, o WhatsApp afirmou que seu sistema de criptografia “resiste a tentativas governamentais de violar o direito à comunicação segura” e que as restrições buscam impedir o acesso de mais de 100 milhões de russos à plataforma. 
  • Já o Telegram disse à AFP que combate ativamente o uso indevido do serviço e remove “milhões de conteúdos nocivos por dia”, incluindo convocações para atos de violência ou sabotagem.

 

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Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.