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Mulher cega implanta chip na retina e volta a ler

Britânica passou por cirurgia experimental e recuperou capacidade de leitura.

Avatar do(a) autor(a): Francesco Casagrande

28/10/2025, às 08:30

Mulher cega implanta chip na retina e volta a ler

Um grande avanço tecnológico na oftalmologia oferece esperança a pessoas com cegueira causada pela atrofia geográfica (AG), forma avançada de degeneração macular (DMRI). Um estudo internacional, com participação do hospital Moorfields Eye de Londres, apresentou sucesso em testes que usam um implante microeletrônico que permitiria devolver a capacidade de leitura a pacientes.

O procedimento envolve a inserção de um minúsculo microchip fotovoltaico de 2 mm debaixo da retina. Ele funciona em conjunto com óculos equipados com uma câmera, que capta imagens e envia sinais infravermelhos ao implante, estimulando o nervo óptico e restaurando parcialmente a visão central essencial para a leitura.

A pesquisa, publicada no New England Journal of Medicine, confirma a eficiência do implante, chamado de Prima. Dos 32 pacientes que receberam o dispositivo, 27 conseguiram voltar a ler usando a visão central. Após um ano, a melhora média foi de cinco linhas ou 25 letras em uma tabela oftalmológica.

Sheila Irvine, de 70 anos, ilustra o sucesso do aparelho. Agora, Sheila agora desfruta de atividades como ler sua correspondência, livros e fazer palavras-cruzadas. Ela descreveu sua recuperação como "de outro mundo" e disse que a capacidade de leitura restaurada lhe dá "muito prazer".

Sheila demonstrou sua recuperação lendo com sucesso uma tabela oftalmológica, aquela que costumamos ver em oculistas, apesar da concentração e estabilização necessárias. O cirurgião Mahi Muqit destacou que este é o primeiro implante a fornecer uma visão funcional que os pacientes podem usar em tarefas diárias como ler e escrever, sendo um "grande avanço" na qualidade de vida dos pacientes.

Embora o implante Prima ainda não tenha licenciamento comercial, estando disponível apenas em ensaios clínicos, o futuro é promissor. O Dr. Muqit manifestou a esperança de que o dispositivo possa estar acessível no serviço público de saúde britânico (NHS) "dentro de alguns anos"

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Analista de conteúdo no Voxel, TecMundo e Minha Série.

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Atualizado há 15 horas