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Ciência

Novo implante faz pacientes paraplégicos moverem suas pernas de novo

Técnica que utiliza eletrodos produz estímulos elétricos que permitem que pessoas paralisadas da cintura para baixo possam mover pernas e dedos outra vez

08/04/2014, às 11:09

Novo implante faz pacientes paraplégicos moverem suas pernas de novo

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Imagem de Novo implante faz pacientes paraplégicos moverem suas pernas de novo no site TecMundo

(Fonte da imagem: Reprodução/YouTube (New Scientist))

Uma técnica pioneira desenvolvida recentemente utiliza implantes elétricos na espinha de pacientes paralisados e pode ajudá-los a mover suas pernas novamente. Espera-se que, em breve, o implante possa até mesmo permitir que eles possam andar novamente.

A nova pesquisa — parte de um estudo de cientistas do Centro de Pesquisa de Danos na Medula Espinhal de Kentucky, entidade que integra a Universidade de Louisville — fez com que quatro homens em cadeiras de rodas, cujas pernas eram completamente paralisadas, pudessem se movimentar outra vez ao equipá-los com uma sustentação de eletrodos na região lombar no cordão espinhal. Esse é o dispositivo principal que faz um elo entre o cérebro e a medula.

Era esperado que, através da estimulação correta, as pernas dos pacientes pudessem se movimentar novamente. A experiência funcionou e agora os quatro pacientes podem mover seus dedos e pernas — alguns, inclusive, podem até mesmo levantar 100 kg com elas.

Como funciona

“O implante restaura o que, em pessoas saudáveis, seria a capacidade de descanso do cordão espinhal, a base de atividade elétrica que mantém o cordão alerta, mas que decai com a falta de uso em pessoas que são paralisadas”, diz Claudia Angeli, do centro de pesquisa.

“Uma vez que o ímpeto dessa base elétrica é restaurado artificialmente, o cordão acorda novamente e consegue registrar as ‘vontades’ de movimentação do cérebro, convertendo isso em movimentos refinados.”

Como você pode ver no vídeo acima, a coordenação presente ainda não é suficiente para fazer com que estes pacientes andem, mas esse é o próximo passo dos pesquisadores. Eles esperam que, aumentando o número de eletrodos de 16 para 27, haja mais controle dos movimentos e que isso venha ajudá-los a andar de novo. Os cientistas estão no momento testando o novo dispositivo em animais.


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