A Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Commission - FTD), dos Estados Unidos, decidiu não impor multas ou outra penalidade mais rigorosa ao Uber sobre a violação de dados de 57 milhões de usuários por hackers, em 2016. Para evitar maiores vazamentos, a companhia pagou aos criminosos US$ 100 mil.
Segundo a CNN Money, a FTD decidiu expandir um acordo com a empresa. Nesse sentido, o órgão apenas incluiu o ocorrido em 2016 em outro caso que já estava na Justiça e também se referia à violação de dados de usuários, porém em 2014. Com isso, a punição imposta ao Uber será informar à comissão o acontecimento de incidentes semelhantes. Além disso, a companhia deverá repassar todas as auditorias de terceiros a respeito do seu programa de privacidade. Se o Uber descumprir essas ordens, sofrerá penalidades civis.
)
Como o Uber chegou a pagar milhares de dólares pelos vazamentos
De acordo com rumores, hackers conseguiram invadir o sistema do Uber e roubar os dados de seus usuários. Depois, começaram a usá-los para tentativas de phishing e ameaças à companhia. Assim, de alguma maneira, a empresa inseriu os criminosos em seu programa de recompensas para quem encontra falhas no app. Aqueles que participam desse programa geralmente recebem alguns milhares de dólares.
- Leia também: Home office: 114 vagas para trabalho remoto [26/10]
Entretanto, nessa transação foram transferidos US$ 100 mil. Para receber o montante, os bandidos tiveram que apagar os dados obtidos e assinar um acordo de confidencialidade. Ao descobrir o caso, o CEO do Uber, Dara Khosrowshahi, demitiu dois funcionários envolvidos nesse processo: Joe Sullivan, ex-diretor de segurança, e Craig Clark, até então advogado da empresa.
Na época do crime e do suposto acordo com os hackers, Travis Kalanick ainda era CEO do Uber e havia feito o máximo para o caso não vir à tona. Afinal de contas, naquele momento, a empresa ainda estava respondendo o processo de 2014. Pelo visto, a grande punição mesmo se refletiu nos dois ex-colaboradores que perderam seus empregos.
)