menu
Tecmundo
The BRIEF

Huawei deve parar de comprar memórias da Samsung em cinco anos

Programa de incentivo na China pode ajudar fabricante criar seus próprios componentes e deixar chips da sul-coreana

Avatar do(a) autor(a): Mateus Mognon

06/12/2019, às 09:30

Huawei deve parar de comprar memórias da Samsung em cinco anos

Fonte:

Imagem de Huawei deve parar de comprar memórias da Samsung em cinco anos no tecmundo

A Samsung e a Huawei estão entre as empresas que mais vendem celulares no mundo e a competição entre as companhias está cada vez mais acirrada no setor. Ainda assim, as duas firmas também fazem negócios, e a fabricante chinesa é uma das principais clientes da sul-coreana no mercado de memórias. Esse cenário, porém, deve acabar mudando na próxima década, de acordo com o Business Korea.

Graças ao grande volume de celulares vendidos, a Huawei é a principal cliente da Samsung no segmento de memórias DRAM e NAND para dispositivos móveis. Após a guerra comercial entre China e Estados Unidos, porém, a companhia pode correr atrás de mais independência em diversos setores, inclusive no de semicondutores. De acordo com o Business Korea, a fabricante chinesa deve se aproveitar do programa de governo China Manufacturing 2025 e começar a produzir seus próprios componentes em até cinco anos.

(Fonte: Tech Radar/Reprodução)

O China Manufacturing 2025 é um programa de incentivo governamental que visa influenciar grandes empresas da indústria chinesa a se tornarem independentes de tecnologias do exterior. A estratégia econômica acabou ganhando força após os Estados Unidos impedirem que a Huawei fizesse negócios com companhias do país. Se os planos do comando de Pequim derem certo, o jogo pode até virar e, nos próximos anos, quem sabe a dona do Mate 30 deixe de usar soluções americanas por livre e espontânea vontade.

Independência da Huawei pode gerar quedas

Enquanto a possível independência pode ser uma grande jogada para a Huawei, a tendência é que suas atuais clientes acabem perdendo bastante dinheiro. Uma estimativa feita logo após a imposição do bloqueio dos Estados Unidos apontou que a saída da fabricante chinesa do programa Android poderia causar um prejuízo de quase US$ 500 milhões para a Google. 

No caso da Samsung, o rombo também pode ser grande: o setor de memórias é um dos principais segmentos da companhia e constantemente acaba puxando os números fiscais para baixo quando a demanda por componentes cai. A Huawei é a segunda empresa que mais comercializa smartphones no mundo e chega a vender mais celulares na China do que a Apple globalmente. Com isso, com certeza a fabricante sul-coreana vai sentir falta da concorrente.

info
Essa matéria contém links de parceiros. Quando você compra através desses links em nosso site, você economiza e ajuda o TecMundo.


Mateus Mognon é jornalista formado pela UFSC com mais de 10 anos de experiência no mercado online. Editor no site do TecMundo, gerenciando os cadernos do Voxel (games) e do Minha Série (entretenimento).