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O escritório do pré-pandemia não existe mais – ou não deveria

O que fazer para os colaboradores se sentirem confortáveis quando estão nos escritórios, principalmente em modelos híbridos de trabalho? Confira!

Avatar do(a) autor(a): André Palis

16/12/2022, às 17:00

O escritório do pré-pandemia não existe mais – ou não deveria

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As conversas sobre modelos de trabalho híbridos e remotos nunca mais saíram de moda desde 2020, quando a pandemia obrigou a sociedade a se adaptar e muitos acabaram gostando da mudança.

Contudo, quase três anos depois, mesmo com a consolidação dos novos modelos ao redor do mundo, pouco se fala sobre o papel dos escritórios para as empresas e os trabalhadores do futuro.

O ambiente corporativo está passando por uma repaginada necessária, na qual o colaborador é o centro. Mesmo nas companhias onde o trabalho ainda é inteiramente presencial, a busca por maior qualidade de vida se tornou prioridade, e uma das melhores maneiras de alcançá-la é construindo espaços com novos propósitos além de simplesmente bater o ponto.

Trabalho HíbridoMesmo nas companhias onde o trabalho ainda é inteiramente presencial, a busca por maior qualidade de vida se tornou prioridade

De acordo com o levantamento “Além da revolução do híbrido: trabalho flexível na América Latina”, da WeWork em parceria com a Page Outsourcing, 97% dos profissionais enxergam os escritórios como ambientes de conexão e desenvolvimento humano, ao invés de apenas um meio para desempenhar uma ou outra atividade.

Além disso, a flexibilidade é vista como o segundo maior motivador na escolha de um trabalho, atrás apenas do salário. Entre C-levels, inclusive, 89% afirmam que chegariam a trocar de emprego por conta da flexibilidade.

Tudo isso se traduz em mudanças nos espaços físicos das empresas. Mas quais?

É possível ter uma ideia a partir das opções disponíveis em coworkings, que abrangem soluções para necessidades variadas. As mais encontradas, normalmente, são:

  • Lounges, varandas, jardins e outros locais para descanso e convivência;

  • Salas de conferência e/ou salas de aula, com foco no aprendizado;

  • Áreas ao ar livre, para trabalho ou não;

  • Ambientes para eventos, como celebrações, happy hours e outros;

  • Espaços privativos, como cabines para concentração ou ligações pessoais, por exemplo.

  • Muitas outras possibilidades podem ser consideradas de acordo com as demandas da equipe. Salas de maternidades, bicicletários, academias compactas, lugares pet friendly, vestiários com chuveiros — cada empresa deve saber o que melhor funciona para o seu time.

    É claro que não é sempre simples bancar um escritório com tantos recursos. Mesmo grandes empresas utilizam a estrutura de coworkings justamente por ser mais econômico. 

    Ainda assim, muitos colaboradores já ficariam felizes em ter apenas um ambiente de trabalho confortável, inspirador e criativo, o que pode ser arranjado mesmo nos espaços tradicionais.

    Se voltarmos ao que foi falado lá em cima, conseguimos encontrar o caminho certo para todos os envolvidos: é só colocar o profissional no centro.

    Trabalho HíbridoDeixe que as pessoas decidam como elas preferem trabalhar, dentro do possível

    Pergunte à sua equipe quais são as prioridades e preferências de cada um. Quem apostou no modelo híbrido percebeu que oferecer a escolha já é, muitas vezes, algo que aproxima o colaborador da empresa. Não precisa parar por aí. Deixe que as pessoas decidam como elas preferem trabalhar, dentro do possível, e demonstre que há real preocupação para que elas se sintam bem.

    Seja com um “terraço gourmet” ou uma pequena sala aconchegante, o escritório é a segunda casa da maioria das pessoas. É apenas lógico que elas deveriam gostar de viver ali.



    Sócio-fundador e CEO da Raccoon.Monks, agência de soluções digitais full service que conta com mais de 1400 funcionários, mais de 120 grandes clientes - entre eles Natura, XP Inc., Ambev - e é uma das mais importantes parceiras do Google e Meta no Brasil.