O CEO da Microsoft, Brad Smith, declarou que o regulador Competition and Markets Authority (CMA) do Reino Unido foi "durão e justo", revelou em entrevista para o BBC Radio na segunda-feira (1°). A avaliação positiva acontece após a concretização da compra da Activision Blizzard.
Apesar disso, a situação entre o executivo e a entidade nem sempre foi tranquila. Quando teve a aquisição barrada em abril de 2023, Smith disse que a relação da empresa e o Reino Unido foi "chacoalhada". Na visão do executivo, foi um "dia sombrio" para a Microsoft e a colaboração de décadas com o país.
A Activision Blizzard agora é parte da Microsoft, mas os direitos de distribuição de Call of Duty no streaming são decididos pela Ubisoft.
"Eu não necessariamente recuaria em relação a todas as preocupações que levantei quando falei em abril, mas poderia escolher palavras ligeiramente diferentes para expressar meu ponto de vista", disse Smith no papo. "Eu certamente aprendi muito", admitiu.
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Para ter a compra aprovada pelo CMA, a Microsoft precisou reestruturar os termos da negociação com a Activision Blizzard. Um dos critérios é permitir que a Ubisoft tenha o controle sobre quais plataformas de streaming terão jogos da franquia Call of Duty disponíveis pelos próximos 15 anos.
"O CMA manteve um padrão rígido e eu respeito isso. Na minha opinião, foi difícil e justo", acrescentou Smith. "Isso pressionou a Microsoft a mudar a aquisição que havíamos proposto para a Activision Blizzard para distribuir certos direitos que preocupavam a CMA em relação a jogos por streaming", explicou.
Na perspectiva da CMA, a mudança de estratégia não foi uma surpresa. A CEO do regulador, Sarah Cardell, comentou em outubro que a Microsoft teve a chance de reestruturar o negócio durante a investigação, mas continuou insistindo com a proposta inicial até o bloqueio.
A Microsoft conseguiu fechar negócio com a Activision Blizzard em outubro do ano passado.
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