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Windsurf: conheça a empresa de programação por IA que a dona do ChatGPT quer comprar

Responsável por maior chatbot da indústria pode desembolsar mais de R$ 16 bilhões pela Windsurf, uma plataforma que auxilia desenvolvedores na criação de códigos e até já usa o modelo de linguagem da companhia

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

16/05/2025, às 17:30

Windsurf: conheça a empresa de programação por IA que a dona do ChatGPT quer comprar

A empresa de inteligência artificial OpenAI está perto de realizar a maior aquisição da história da companhia até o momento. A compra em questão é a da startup Windsurf, que tem uma ferramenta de programação que opera a partir de um chatbot.

A responsável pela plataforma ChatGPT deve desembolsar cerca de US$ 3 bilhões (ou pouco mais de R$ 16 bilhões, em conversão direta de moeda) pela companhia, o que seria a maior aquisição da história da OpenAI.

Segundo o jornal The New York Times, que ouviu duas fontes ligadas ao assunto, as negociações ainda não foram concluídas, mas estão em estágios avançados. A Bloomberg foi a primeira a cravar a compra e os valores envolvidos ainda em abril deste ano, mas até o momento as duas empresas envolvidas não se manifestaram sobre o assunto.

Quem é a Windsurf

A Windsurf é uma startup que nasceu em 2021 sob o nome de Codeium. Ela foi fundada por Varun Mohan e Douglas Chen, ex-alunos do Instituto de Tecnologia do Massachussetts (MIT). Varun trabalhou na emperesa de delivery por veículos autônomos Nuro, enquanto Douglas integrou uma equipe de software da divisão de Realidade Virtual da Meta, dona de Instagram e WhatsApp.

Em novembro de 2024, ela apresentou o seu principal produto até hoje: o Windsurf Editor. Esse serviço de agente de IA opera como um auxiliar generativo na escrita de códigos de programação, atuando inclusive sem a supervisão de humanos e capaz de resolver problemas mais complexos a partir de um processo de ‘raciocínio’ mais avançado.

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O Windsurf Editor ‘conversa’ com o programador em uma janela ao lado do código. (Imagem: Reprodução/Windsurf)

Em fevereiro deste ano, a startup passou por uma nova rodada de investimentos que avaliou ela em US$ 2,85 bilhões. Em seguida, ela foi rebatizada como Windsurf para ser conhecida pelo mesmo nome do seu produto mais popular.

O que a OpenAI pretende com a compra?

A ideia da OpenAI com a provável aquisição da Windsurf é se consolidar com uma alternativa para desenvolvedores que utilizam IA para escrever, corrigir ou revisar códigos. Atualmente, a companhia já é usada de forma casual ou profissional no setor a partir de prompts de comando de usuários, mas pretende ampliar a presença no setor e talvez gerar mais receita com ele — algo importante na atual estratégia da companhia, que desistiu de virar uma empresa com fins lucrativos.

Antes mesmo da aquisição, a dona do ChatGPT também está entrando nesse setor. Nesta sexta-feira (16), por exemplo, ela anunciou um novo agente de IA chamado Codex e um modelo de linguagem especializado, o codex-1, para atuar como "colega de trabalho virtual" no desenvolvimento.

Porém, o mercado hoje traz ferramentas especializadas e com uso personalizado para programação. Esse é o caso da própria Windsurf — que usa modelos de linguagem de OpenAI, Google e Anthropic para funcionar — e de rivais da área, como o Cursor e o Replit. Além disso, a Microsoft é dona do repositório GitHub e também investe em assistentes para profissionais da área.

Quer conhecer a história da OpenAI e da criação do ChatGPT? Assista a esse vídeo feito pelo TecMundo em nosso canal do YouTube!



Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.