*Por Rodolfo Brizoti
Quantas experiências de marca realmente inesquecíveis você viveu nos últimos meses? Se a resposta for “poucas”, talvez seja hora de olhar para o que (ainda) estamos deixando na vitrine da inovação, e não no centro das ativações. A integração de tecnologias como realidade aumentada (AR), realidade virtual (VR) e inteligência artificial (IA) está transformando o live marketing em uma nova fronteira de experiências sensoriais, personalizadas e mensuráveis.
As experiências imersivas deixaram de ser promessa futurista para se tornarem ferramentas concretas de resultado no live marketing. AR, VR e IA estão rompendo as barreiras do físico e digital, criando novas formas de engajamento — que encantam, mas também convertem.
O uso de AR permite que elementos digitais sejam sobrepostos ao mundo físico, criando interações em tempo real com produtos ou mensagens. A VR, por sua vez, oferece ambientes completamente virtuais, onde é possível simular situações, contar histórias ou oferecer experiências que não seriam viáveis no espaço físico.
Quando essas tecnologias são combinadas à inteligência artificial, a imersão ganha uma nova camada: personalização em tempo real, adaptação ao comportamento do usuário e coleta de dados qualificados.
Não se trata apenas de impressionar o público, mas de criar jornadas que influenciam decisão e comportamento por meio de tecnologias imersivas que são mais do que tendência: são infraestruturas de performance no ponto de contato.
De acordo com relatório da Grand View Research, o mercado global de marketing imersivo foi avaliado em US$ 6,9 bilhões em 2024, com previsão de crescimento anual composto de 28,6% até 2030, impulsionado por avanços em hardware e integração com IA. Segundo estudo da PwC, experiências em VR geram 4x mais engajamento emocional do que mídias tradicionais. Já para a Accenture, marcas que utilizam IA generativa em experiências de consumo aumentaram em até 30% a intenção de compra em campanhas de até três meses.
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Durante anos, vimos realidade aumentada e virtual ocuparem espaços de “showroom” — algo para impressionar, mas pouco escalável ou aplicável. Mas essa lógica virou. Hoje, vemos um salto na maturidade do uso dessas tecnologias: marcas integrando recursos imersivos como parte do storytelling, não como adereço. IA entrando não só como ferramenta de produção, mas como motor de personalização, interação e até recomendação em tempo real.
No contexto do live marketing, essas soluções aumentam o engajamento e permitem conexões mais profundas com o público. Um tour guiado em VR, uma ativação de produto com AR ou um assistente interativo personalizado com IA deixam de ser experimentações isoladas e passam a fazer parte da estratégia de marca. A jornada do consumidor se torna mais relevante.
Com o suporte da IA, é possível analisar interações em tempo real e ajustar a experiência conforme o comportamento do participante. Métricas como tempo médio de permanência, taxa de recall espontâneo, NPS sensorial e compartilhamentos orgânicos tornam-se tão relevantes quanto indicadores clássicos como alcance e retorno sobre investimento.
A experiência, nesse contexto, deixa de ser apenas um evento e se torna uma plataforma viva de dados, aprendizado e valor simbólico. Na EAÍ?!, unimos storytelling, sensores de engajamento e inteligência artificial para rastrear interações em tempo real — transformando cada experiência em dado acionável. Pronto, resultado certo!
Mais do que tendências, AR, VR e IA representam uma mudança de mentalidade. Experiências não substituem o conteúdo, elas o potencializam. E à medida que essas tecnologias amadurecem, o público passa a esperar não apenas presença das marcas, mas profundidade, originalidade e conexão real.
O resultado não é só sensorial — é estratégico. No fim do dia, não estamos falando de tech pelo tech. Estamos falando de conectar pessoas e marcas de um jeito mais memorável, mensurável e poderoso. AR, VR e IA deixam de ser ferramentas de encantamento e passam a ser catalisadores de resultados: aumentam o tempo médio de permanência no evento, a taxa de conversão de leads, o alcance orgânico nas redes e o impacto emocional no público.
Mais do que nunca, precisamos parar de olhar para essas tecnologias como inovação e começar a vê-las como estratégia. Porque a experiência só vale se gerar conexão. E conexão, quando bem feita, sempre gera resultado.
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Rodolfo Brizoti é sócio e Head de Criação, Planejamento e Conteúdo da EAÍ?! Content Experience, agência de Live Marketing focada no content experience e em inovações na realização de eventos, campanhas de incentivo, promoções, premiações e as mais diversas ativações de brand experience. Ao longo dos últimos oito anos, compôs um portfólio com marcas líderes de mercado, como Heineken, Whirlpool, Suvinil, O Boticário, Banco Bmg, Goodyear, METLife, Havaianas e Cielo, conquistando mais de 25 prêmios do setor.