Quando um algoritmo sabe exatamente o que você deseja, às vezes até mesmo antes de você saber, a venda de produtos e serviços ganha uma nova perspectiva. É isso que tem acontecido em plataformas como o TikTok, no qual um vídeo de 15 segundos pode ser ao mesmo tempo a primeira impressão de um cliente e o empurrão para que ele realize uma compra – até mesmo dentro do próprio aplicativo.
Parece ficção científica se pensarmos muito sobre o assunto, mas a verdade é que a realidade do consumo já é essa. O social commerce e a mídia de performance são o novo coração da estratégia de vendas online.
Caso você não esteja familiarizado com os termos, social commerce é a integração entre redes sociais e e-commerce, unindo entretenimento e venda com uma camada de inteligência artificial.
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Já a mídia de performance é o motor: são conteúdos otimizados e testados para maximizar a conversão, frequentemente formando uma linha muito tênue entre o que parece ser um post espontâneo e o que claramente é um anúncio.
Para que todas essas engrenagens funcionem, é preciso entender os algoritmos das redes. Instagram e TikTok, particularmente, aprenderam a transformar dados comportamentais em ações comerciais imediatas.
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Eles permitem que um ciclo se crie: conteúdo > análise > ajustes > otimização. Os dados chegam rapidamente e, em alguns casos, as adaptações podem ser feitas em tempo real, reduzindo significativamente a jornada do consumidor. As plataformas fornecem tudo o que você precisa saber sobre seu público, desde que você saiba ler as informações e inseri-las na sua estratégia.
Cada marca deve descobrir o seu caminho para o sucesso com social commerce. Alguns usuários podem preferir vídeos elaborados enquanto outros querem se identificar com alguém, o que sugere que parcerias com influenciadores podem ser uma boa ideia. Aliás, os influencers são cada vez mais parte ativa desse processo, justamente por alcançarem e se conectarem com as pessoas organicamente.
Na prática, as marcas precisam contar com equipes de marketing que saibam navegar neste cenário, que é bastante flexível e acelerado. Os profissionais devem criar conteúdos com foco em performance, com testes e adaptações constantes, e com mensuração em tempo real.
O que não pode acontecer é achar que estamos falando apenas de canais de venda, quando se trata, na realidade, de uma nova lógica de venda. As mesmas técnicas do site ou da loja não se aplicam aqui. No novo varejo das redes, o scroll virou prateleira e o play virou checkout. A venda é praticamente invisível — mas, mais importante ainda, também é altamente eficaz.
***Andressa Junges é formada em Administração e possui MBA em Data & Analytics pela USP/ESALQ. Atua com dados e tecnologia há quase 10 anos, unindo conhecimento técnico e visão estratégica para transformar dados em insights e decisões. Atualmente, coordena a área de dados e tagging na Adtail.