A Tools for Humanity, startup responsável pelo Orb, World ID e parte do ecossistema Worldcoin, adota uma cultura de dedicação exclusiva. Fundada por Sam Altman, a empresa defende que seus funcionários direcionem 100% da energia ao trabalho, deixando de lado qualquer coisa que não esteja diretamente ligada à missão da organização.
A diretriz foi reforçada pelo CEO Alex Blania em uma reunião geral realizada em janeiro deste ano. O discurso, obtido pelo site Business Insider, evidencia uma cultura de intensidade máxima, com pouco espaço para prioridades pessoais.
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“Não vamos falhar, nem teremos um resultado mediano, e é isso que queremos e é tudo com que me importo todos os dias, e é isso tudo com que vocês deveriam se importar todos os dias, e nada mais deveria importar”, afirmou Blania na gravação. “Se vocês se importam com outra coisa, e se quiserem outra coisa, simplesmente não deveriam estar aqui. É simples assim”, completou.
Após o episódio, lembretes sobre os valores da empresa passaram a aparecer nas TVs internas do antigo escritório. Um deles dizia: “Nós trabalhamos muito (muito) duro. Acreditamos que este é um projeto único na vida e que o sucesso é importante para a humanidade. Portanto, trabalhamos nos finais de semana, estamos sempre de prontidão e nos esforçamos ao máximo dentro das nossas possibilidades”.
Cultura é real, confirmou executivo no X
As informações foram confirmadas publicamente por Tiago Sada, diretor de produto da Tools for Humanity, em uma publicação no X.
“Essas alegações são absolutamente corretas. Acreditamos que nossa missão de construir as ferramentas necessárias para que os humanos prosperem na era da IA não poderia ser mais importante, e nos orgulhamos dos valores que norteiam nossas ações para torná-la possível”, escreveu o executivo. No mesmo post, ele destacou que a empresa possui vagas abertas.
Coleta de íris foi proibida no Brasil
A Tools for Humanity se tornou conhecida pela coleta de íris de pessoas reais por meio do Orb, dispositivo que realiza o escaneamento em troca da criptomoeda Worldcoin e do World ID — uma “prova de humanidade” usada para diferenciar humanos de sistemas de IA.
A operação chegou a acontecer no Brasil, onde brasileiros voluntários tiveram seus dados biométricos coletados. Em janeiro de 2025, no entanto, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) suspendeu incentivos financeiros por coleta de íris — então, a empresa interrompeu as atividades por aqui voluntariamente.
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