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The BRIEF

Governo Temer vai abandonar software livre para comprar produtos Microsoft

Uma boa grana será gasta pelo governo para comprar várias soluções da Microsoft

Avatar do(a) autor(a): Felipe Payão

31/10/2016, às 17:49

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O Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) anunciou interesse, por meio de uma carta de intenção, na compra de soluções da Microsoft. No caso, o governo Temer pretende trocar o software livre por produtos da companhia norte-americana, como o pacote Office, o Windows Professional, o Windows Server, o Client Access Licence e outros.

Vale notar que essa é a primeira vez, desde quando o gestões do PT foram eleitas em 2002, que o governo federal vai comprar sistemas proprietários de maneira tão abrangente. De acordo com o Convergência Digital, a aquisição do governo pode significar um fim na política de "Software Livre" — algo que poderia "incentivar o desenvolvimento de produtos locais e ser financeiramente benéfica para os cofres públicos", notaram.

O Brasil gasta mais de R$ 3,7 bilhões para pagar licenças de softwares

Durante o Latinoware 2016, o diretor executivo da Linux Internacional, Jon "Maddog" Hall, disse que o Brasil gasta mais de R$ 3,7 bilhões para pagar licenças de softwares desenvolvidos em outros países. Sobre este caso em específico, uma auditoria da Controladoria Geral da União disse que o Portal do Software (PSP) poderia economizar cerca de R$ 600 milhões ao utilizar softwares livres.

A manifestação de interesse deverá ser encaminhada oficialmente no dia 11 de novembro, mas ainda não se sabe quanto o governo gastará se aceitar a manifestação — já a compra será feita por meio de Registro de Preços, número IRP n°16/2016 - UASG 201057. A intenção de compra de produtos da Microsoft não era de conhecimento público e aconteceu pouco tempo depois de uma reunião — com portas fechadas, sem acesso para imprensa — entre representantes da companhia e membros do governo, como Gilberto Kassab, ministro da Ciência e Tecnologia, e Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara.



Felipe Payão é jornalista, editor-chefe do TecMundo e especialista em cibersegurança com foco em cibercrime há 11 anos. Payão possui três prêmios especializados: ESET Jornalismo Segurança da Informação América Latina, Comunique-se 2021 e Especialistas da Comunicação.

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