Lançada nesta quinta-feira (17) pela Netflix, a terceira temporada de O Poder e a Lei (The Lincoln Laywer) traz o advogado de defesa Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo) tendo que enfrentar um novo caso que traz várias implicações pessoais. Um grande sucesso no streaming, a série tem como um de seus principais méritos a maneira como o ator interpreta o protagonista.
No entanto, Garcia-Rulfo não foi a primeira pessoa a dar vida ao advogado de defesa. Em 2011, esse papel coube ao talentoso Matthew McGonaughey, que foi a principal estrela de um filme dirigido por Brad Furman. Mas será que o trabalho com mais de uma década de existência tem ligações com a produção do streaming?
Filme de O Poder e a Lei tem conexão com a série?
A resposta para essa pergunta é tanto um sim quanto um não. Embora as versões de MgGonaughey e Garcia-Rulfo do personagem sejam diferentes, ambas são baseadas no mesmo universo de livros. Escritos por Michael Connely, eles começaram a ser publicados nos Estados Unidos em 2005 e já contam com 7 volumes estrelados pelo advogado de defesa.
Na prática, o filme de 2011 e a série da Netflix devem ser tratados somente como adaptações diferentes do mesmo material-base. Isso significa que, enquanto as duas obras trazem linhas narrativas e personagens parecidos, elas não são exatamente iguais, tampouco podem ser consideradas como parte de um “universo compartilhado”.
Apesar de o longa-metragem de Matthew McGonaughey ter sido elogiado ao adaptar os eventos do primeiro livro de Connely, ele nunca recebeu uma sequência. Isso certamente facilitou a vida da plataforma de streaming, que anos depois pode apostar em sua própria adaptação sem correr o risco de os fãs já estarem saturados do advogado.
A série da Netflix também se distancia do filme ao considerar que os eventos do primeiro livro nunca aconteceram. Enquanto o personagem principal ainda surge afastado do mundo da advocacia por conta de um machucado, isso é resultado de um acidente surfando, e não de um tiro do qual foi ele virou alvo como consequência de seu trabalho.
A relação entre o longa-metragem e a série é semelhante àquela que Reacher, da Amazon Prime Video, tem com suas adaptações para o cinema. Embora traga o mesmo personagem central, ela não leva em consideração as ideias que foram exploradas no passado, tampouco se preocupa em manter linhas narrativas de forma exatamente igual.
A série é mais fiel aos livros
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A versão Netflix de O Poder e a Lei é mais fiel aos livros do que o filme
Apesar de ignorar o primeiro volume escrito por Connely, a série do streaming se destaca por ser muito mais fiel à obra do autor do que o longa-metragem. Ela não somente mantém a origem mexicana de Mickey Haller, como também mostra o advogado agindo de maneira mais comedida e estratégica do que a interpretação de McGonaughey.
Felizmente, o público interessado nas duas adaptações do advogado de defesa tem a chance de conferir com facilidade como cada uma delas foi feita. Enquanto a produção da Netflix já pode ser conferida na íntegra por quem assina o serviço, o longa-metragem de 2011 atualmente está disponível no catálogo da Amazon Prime Video.
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