Já disponível na íntegra na Netflix, Dia Zero é uma nova minissérie política estrelada e coproduzida por Robert De Niro. No papel do ex-presidente George Mullen, ele é encarregado de investigar um grande ataque cibernético que desabilita por um minuto boa parte da infraestrutura dos Estados Unidos.
Isso resulta em diversos acidentes e mortes, gerando caos em meio à população que busca respostas e a garantia de que o evento não vai voltar a acontecer. Enquanto o protagonista encontra as soluções para suas perguntas, elas podem não trazer o resultado positivo que ele esperava em um primeiro momento.
Quem fez o ataque de Dia Zero?
Enquanto inicialmente Dia Zero indica que o grande ataque foi feito por um agente externo, como a Rússia, ele se revela como uma ação interna. Liderado pelo presidente da câmara de deputados, Richard Dreyer (Matthew Modine), um grupo de deputados e senadores arquiteta um plano para destruir a confiança no governo e fazer um “reset” político no país.
Quem ajuda o grupo bipartidária a realizar essa ação é a bilionária Monica Kidder (Gaby Hoffman), que decidiu colaborar, contanto que as atividades de sua empresa não fossem mais reguladas. Com o objetivo de virar a nova parceira do governo, ela ajuda a criar um ataque que afeta os aplicativos da corporação Panoply, presentes em 80% dos celulares dos norte-americanos.
Entre aqueles que trabalharam na realização do ataque está a representante Alexandra Mullen (Lizzy Caplan), filha do personagem interpretado por De Niro. Assim, caso o protagonista decida expor a verdades sobre a tragédia, pode estar colocando em risco a vida de sua sucessora política e tudo o que restou de sua família mais próxima.
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Dia Zero mostra que a atual presidente dos Estados Unidos, Evelyn Mitchell, (Angela Basset) e o chefe da CIA, Jeremy Lasch (Bill Camp) desconfiavam de Dreyer desde o começo. Até mesmo por isso eles decidiram deixá-lo de lado e recrutaram Mullen para liderar a investigação, já que o ex-presidente era conhecido por sua moderação e por não estar mais por dentro de jogos políticos.
O que era Proteus?
Durante os capítulos da série, o público descobre que o personagem principal sofre com alguns lapsos de memória e alucinações momentâneas. Esse foi o principal motivo pelo qual, mesmo sendo uma figura bastante popular entre o público norte-americano, o político decidiu que não concorreria às reeleições.
Dia Zero dá a entender que essa condição pode ser resultado do uso do Proteus, uma máquina construída pela CIA que poderia causar doenças neurológicas. No entanto, isso é algo que o roteiro sempre deixa ambíguo, também sugerindo que os problemas de Mullen podem ser resultado do stress e da idade avançada.
Como acaba a série?
A descoberta feita por Mullen, de que o próprio governo dos Estados Unidos conspirou contra seu povo, faz com que não seja fácil revelar a verdade ao público. Assim, junto com Dreyer, Mitchell e Lasch, ele costura um acordo que prevê que todos os deputados e senadores envolvidos vão deixar seus cargos ao final de seus mandatos.
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Nesse contexto, a culpa dos eventos do Dia Zero seria atribuída à falecida Kidder e ao bilionário desaparecido Robert Lyndon (Clark Gregg), que forneceram os meios tecnológicos para o ataque. Assim, o público teria um alvo contra quem se revoltar e protestar, ao mesmo tempo que o governo se mantém isento de qualquer responsabilidade.
Embora a série dê a entender que Mullen vai seguir esse caminho, sua cena final traz uma reviravolta. Sempre disposto a dizer a verdade, doa a quem doer, ele revela ao público a natureza real da conspiração, esperando que isso possa voltar a reunir uma nação dividida. No entanto, o público não vê o resultado de suas ações, tampouco os impactos que elas trazem para a vida pessoal do protagonista.
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