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Vencedor em Cannes, O Agente Secreto usou recursos da Lei Rouanet? Entenda

O Agente Secreto foi financiado com ajuda do Fundo Setorial do Audiovisual, do Ministério da Cultura

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

29/05/2025, às 21:30

Exibido pela primeira vez durante o Festival de Cannes de 2025, o longa-metragem O Agente Secreto se firmou como um dos principais vencedores do evento. Não somente ele rendeu o prêmio de melhor diretor para Kleber Mendonça Filho, como também trouxe o troféu de melhor ator para Wagner Moura — um feito inédito para uma obra nacional.

Ao mesmo tempo que isso gerou entusiasmo sobre o longa, que ganhou força em premiações como o Globo de Ouro e o Oscar, a situação também acompanhou críticas. Entre elas estaria um suposto uso de recursos da famosa Lei Rouanet, cuja mera existência é demonizada por muitas pessoas. Mas será que o projeto foi financiado por ela?

O Agente Secreto usou recursos da Lei Rouanet?

Embora não haja tecnicamente ou moralmente nada de errado em usar a Lei Rouanet para produzir conteúdos audiovisuais, O Agente Secreto não se aproveitou dela. O principal motivo foi o fato de que, como uma história de ficção, ele não está apto a captar recursos através da lei de incentivo.

Criada em 2006, a lei foi alterada em 2007 para proibir seu uso no financiamento de filmes de ficção ou que tenham duração superior a 70 minutos. Dada que a obra de Kleber Mendonça Filho não narra uma história real e tem 2 horas e 19 minutos de duração, ela não se encaixa nos requisitos mínimos necessários.

O filme foi criado com ajuda do Fundo Setorial do Audiovisual

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O Agente Secreto foi financiado a partir do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), uma categoria do Fundo Nacional de Cultura (FNC), vinculado ao Ministério da Cultura (MinC). O dispositivo foi criado pela Lei nº 11.437, de 28.12.2006L e regulamentado pelo  Decreto nº 6.299, de 12.12.2007.

  • Ele tem como principal objetivo incrementar a cooperação entre agentes econômicos, ampliar e diversificar a infraestrutura de serviços e salas de exibição, fortalecer a pesquisa e a inovação e ajudar no crescimento sustentado do mercado nacional;
  • O FSA trabalha com o apoio a projetos específicos, equalização de encargos financeiros incidentes nas operações de financiamento, investimentos em empresas e projetos e com o financiamento direto ao setor audiovisual;
  • Os fundos são obtidos principalmente a partir da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (CONDECINE) e do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL).

Para receber recursos, O Agente Secreto teve que passar por uma análise de um Comitê Gestor, que define as diretrizes e o plano anual de investimentos. Também colaboraram no processo a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o BNDES e outras instituições financeiras credenciadas.

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Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.

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