The Walking Dead: Dead City expandiu o universo apocalíptico criado por Robert Kirkman, trazendo uma nova perspectiva sobre a luta pela sobrevivência no mundo devastado por zumbis. A série, que já surpreendeu os fãs com a dinâmica tensa entre Maggie e Negan, agora apresenta uma nova figura que promete balançar ainda mais as estruturas de poder: Bruegel, vivido pelo versátil Kim Coates.
Introduzido na segunda temporada, esse personagem enigmático traz um tempero único para a trama, combinando um charme irônico com uma ameaça velada. Bruegel não é apenas mais um líder em meio ao caos de Manhattan.
Antes mesmo do apocalipse, ele se via como uma figura influente, cercado de admiração e desprezo na mesma medida. Agora, com o mundo transformado em um cenário de sobrevivência brutal, ele se tornou o comandante de um grupo que vive em um imponente museu na cidade, transformando o espaço em um verdadeiro reduto de poder e astúcia.
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Em meio a lutas clandestinas com Walkers e um apreço quase sofisticado por arte e arquitetura, Bruegel se revela um personagem tão perigoso quanto fascinante. Ele sabe jogar o jogo, sempre com uma pitada de sarcasmo e um humor mordaz que desarma até os oponentes mais duros.
Mas a ambiguidade do personagem vai além do seu comportamento teatral. The Croat, vilão da primeira temporada, o descreve como uma “enguia escorregadia”, alguém cuja lealdade é tão maleável quanto o próprio mundo em que vive.
Para Bruegel, alianças são ferramentas – e ele sabe usá-las com maestria. Quando a tensão entre os sobreviventes de Manhattan e a poderosa federação de New Babylon atinge um ponto crítico, a líder Dama, interpretada por Lisa Emery, vê nele uma peça essencial para virar o jogo.
Impulsionado por um sermão ardiloso de Negan e um “presente” estratégico em forma de metano, Bruegel aceita entrar na aliança. Mas como todo bom jogador, ele exige algo mais: a construção de uma segunda instalação de metano no museu, um pedido que gera tensão, mas que ele acaba usando a seu favor após um misterioso cochicho de Negan.
Bruegel tem desejo inusitado
O que torna Bruegel tão intrigante é o seu desejo de reverter, ainda que parcialmente, o colapso do mundo antigo. Sua obsessão por restabelecer a energia elétrica e reavivar o brilho de locais icônicos como o Radio City Music Hall revela uma nostalgia perigosa e um desejo profundo de poder – ou de uma nova ordem. Ele não é apenas um vilão com sede de domínio, mas alguém que parece querer ressuscitar um passado onde poderia reinar absoluto.
Com a chegada de Bruegel, Dead City dá um passo ousado ao aprofundar a complexidade moral da série, questionando o que resta de humanidade quando até mesmo os líderes mais inteligentes e carismáticos são consumidos por ambições pessoais.
Kim Coates dá vida a um personagem que, apesar do sarcasmo e da teatralidade, carrega em cada gesto uma ameaça velada – e isso, por si só, o torna uma das adições mais fascinantes do universo The Walking Dead.
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