Um dos nomes mais famosos da Hollywood atual, Sydney Sweeney também tem sido o alvo de diversas polêmicas. A mais famosa delas envolve a propaganda que a atriz fez para a marca American Eagle, cujo trocadilho entre as palavras “jeans” e “genes” foi considerada eugenista por muitas pessoas.
Dessa forma, sua participação no filme Americana, escrito e dirigido por Tony Tost, veio acompanhada por algumas críticas. Lançado no dia 15 de agosto nos Estados Unidos, ele arrecadou somente US$ 500 mil em bilheteria, e muitos estão ligando seu suposto “fracasso” à presença de Sweeney. Mas será que esse realmente é o caso?
Americana pode ou não ser considerado um fracasso?
Para entender se Americana é um fracasso ou não, é preciso considerar vários elementos. Entre eles está seu orçamento e sua proposta, bem como as condições que o levaram a ser lançado nos cinemas somente dois anos após sua primeira exibição pública no festival SWSX.
- Americana foi criado originalmente pelo Bron Studios, que faliu em 2023;
- Ele foi comprado pela Lionsgate que o colocou sob seu selo Premiere, dedicado a projetos mais experimentais;
- Os longas que entram nessa categoria recebem poucos investimentos, especialmente em questão de divulgação;
- No entanto, o filme ainda foi disponibilizado em mais de 1 mil salas de cinema, graças a um elenco que também traz Paul Walter Hauser e a cantora Halsey;
- Apesar de a Lionsgate ter pagado US$ 3 milhões por Americana (que custou US$ 9 milhões), 60% desse valor foi bancado por pré-vendas para o mercado internacional;
- Além disso, a Lionsgate só dedicou US$ 3 milhões adicionais ao marketing e distribuição doméstica.
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Levando tudo isso em consideração, o filme precisa fazer somente US$ 1,5 milhão em bilheteria nos Estados Unidos para ser considerado lucrativo para a empresa. Ajuda muito o fato de que, antes mesmo de o longa ser exibido, a Lionsgate já fez um acordo para lançá-lo no streaming através da plataforma Starz — cujo catálogo costuma sair no Brasil pelo Disney+.
Americana pode ser vantajoso, mesmo que não dê lucros
Mesmo que os planos da Lionsgate para Americana não deem certo e o filme não recupere seus baixos custos de aquisição e distribuição, ele ainda pode ser considerado uma “vitória” para empresa. Ao investir nele, a distribuidora conseguiu firmar um bom relacionamento com Tony Tost, que é mais famoso como o showrunner de Poker Face.
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Além disso, ela traz para seu catálogo um filme estrelado por Sidney Sweeney que, por mais que esteja envolvida em polêmicas, continua sendo uma grande estrela. Dado como funciona o mercado de longas independentes, toda a situação pode ser considerada como positiva para a companhia, por mais que o lançamento não traga muitos lucros.
Ou seja, o fracasso de bilheteria pode ser ignorado dado os grandes frutos que o investimento pode trazer no futuro. Enquanto Americana pode acabar sendo mais elogiado nos festivais do que pelo público, ele ajuda a estabelecer a fama de novos talentos que podem explodir em outros projetos — e a Lionsgate quer estar lá para se aproveitar desses resultados.
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