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The BRIEF

Fundação Mozilla se posiciona contra o CISPA

Em uma declaração feita à Forbes, a organização afirma que o projeto de lei possui definições vagas, permitindo que governos e empresas invadam a privacidade de qualquer pessoa.

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

02/05/2012, às 05:45

(Fonte da imagem: Reprodução/Forbes)

Após empresas como o Facebook, Microsoft e Oracle terem dado pareceres favoráveis ao CISPA, a Fundação Mozilla declarou que é contra a lei. Segundo a organização, embora seja preciso aumentar a segurança da internet, o projeto possui uma abrangência muito grande, que vai além da mera proteção de direitos autorais.

“A lei infringe nossa privacidade, incluindo definições vagas de cibersegurança, garantindo imunidade a companhias e governos conhecidos por considerar de forma muito ampla o que é o mau uso da informação”, declarou a companhia ao repórter Andy Greenberg, da Forbes. Até o momento, a Mozilla é o único grande nome do mundo da tecnologia a se pronunciar contra o novo conjunto de leis.

O CISPA surgiu em novembro do ano passado, com a intenção de permitir que empresas privadas e o governo norte-americano colaborassem mais abertamente quando o assunto é segurança no meio virtual. Entre os pontos que foram criticados está o fato de que isso permitiria que órgãos como a National Security Agency e o Departamento de Segurança Interna obtivessem dados pessoais de qualquer indivíduo sem ter que respeitar leis de privacidade estabelecidas anteriormente.

Defesa da privacidade na internet

O posicionamento da Mozilla não é exatamente surpreendente, ainda mais quando se leva em conta a forma como a organização lidou com o SOPA. Em janeiro deste ano, a empresa se uniu ao Reddit e à Wikipedia em um protesto que causou um verdadeiro blecaute em todos os seus sites, cujo conteúdo foi substituído por textos que criticavam pontos do projeto de lei.

A Google é a única grande companhia do mundo da tecnologia a não ter feito qualquer espécie de pronunciamento quanto ao CISPA. Em uma declaração enviada à Forbes, um representante da companhia afirmou que “nós pensamos que esse é um assunto importante e estamos observando o processo de perto, mas não assumimos nenhuma posição formal sobre qualquer legislação específica”.

Fonte: Forbes



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Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.