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Só isso? Bilionário russo imagina espaçonaves do tamanho de cartões SD

Para Yuri Milner, o futuro das espaçonaves está em materiais cada vez menores

Avatar do(a) autor(a): Renan Hamann

14/07/2016, às 14:23

Você já ouviu falar em Yuri Milner? Ele é um bilionário russo que ficou conhecido por investir dinheiro em projetos como Spotify, Facebook, Twitter e Airbnb.

Junto com Stephen Hawking, criou um projeto de US$ 100 milhões para buscar vida inteligente fora da Terra — tudo por meio do programa Breakthrough Initiatives.

E se você já estava achando que Milner se parece muito com uma versão russa do Elon Musk, aí vai mais uma razão para isso: ele está investindo também na criação de naves espaciais.

A diferença está no tamanho dos materiais criado. Por meio da Breakthrough , Yuri Milner pretende criar uma espaçonave minúscula chamada StarChip, que seja capaz de chegar em locais não atingidos por programas espaciais comuns. Para isso, ela teria o tamanho de um cartão SD.

Tamanho não é documento

Para Milner, espaçonaves grandes são também um grande problema, pois qualquer impacto pode fazer com que as explosões tenham escala nuclear. A StarChip teria sensores de alto nível e precisão para as locomoções, além de sistemas laser para a transmissão de dados, câmera e sistemas de captação de luz para o abastecimento — tudo isso em dimensões muito compactas.

undefinedReprodução/Nature World News

De acordo com o bilionário, a StarChip está em desenvolvimento e, quando estiver pronta, vai poder viajar por 4,37 anos-luz para chegar até Alpha Centauri — a estrela mais próxima de nosso sistema solar —, sendo que a viagem deve demorar 20 anos.

Para isso, a velocidade da nave chegaria perto dos 161 milhões de quilômetros por hora. Vale dizer que a propulsão seria oriunda da própria Terra, pois um laser concentrado seria emitido a partir de bases aqui no nosso planeta.

É claro que esses valores ainda parecem muito irreais, mas Yuri Milner acredita que em alguns anos a tecnologia vai permitir que isso seja realizado pelos cientistas aqui na Terra. Será que isso vai ser concretizado?



Renan Hamann acumula mais de 15 anos de experiência no jornalismo de tecnologia.