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Transportes

EUA desenvolvem drone para colocar satélites em órbita

Veículo deve ser capaz de reduzir em dez vezes os custos de se colocar um satélite em órbita ao utilizar dois motores em estrutura autônoma — a qual pode ser reutilizada em período de apenas um dia

18/09/2013, às 10:47

(Fonte da imagem: Reprodução/Darpa)

Alçar satélites à órbita da Terra é um processo um tanto mais oneroso do que uma cabeça leiga poderia considerar. De fato, trata-se de varas centenas de milhões de dólares em um lançamento típico. Mas a DARPA (Agência de Projetos Avançados de Pesquisa de Defesa, na sigla em inglês) pretende tornar a tarefa drasticamente menos custosa. Como? Utilizando um enorme drone, o XS-1, o qual deve deixar os atuais modelos corados.

De acordo com a proposta, os processos atuais devem se tornar completamente obsoletos — com seus vários meses de preparação e quantias astronômicas despendidas por lançamento. “Nós queremos utilizar tecnologias comprovadas para criar um sistema de transporte espacial confiável, de baixo custo e que possa ser recuperado em apenas um dia”, disse o responsável pelo drone em release oficial.

Por enquanto, só no papel

É claro que a maior parte do projeto ainda não saiu do papel. “Como isso será configurado, como ele será lançado e como retornará, isso tudo ainda está sobre a mesa — nós buscamos as soluções mais práticas e criativas que seja possível.”

(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Dessa forma, a fim de coletar as melhores ideias, a DARPA organizará um fórum aberto no dia 7 de outubro, ocasião em que diversos designers devem apresentar projetos possíveis para a concretização do XS-1. Entretanto, propostas devem atentar para os seguintes critérios:

“As metas técnicas principais do XS-1 incluem a capacidade de voar dez vezes em dez dias, de atingir velocidade de Mach 10 ou superior pelo menos uma vez e de lançar uma quantidade substancial de material em órbita. O programa também busca reduzir os custos de acesso ao espaço para cargas menores (entre 3 mil libras e 5 mil libras) em pelo menos dez vezes, custando menos de US$ 5 milhões por voo.”

Um drone com dois motores

Não se pode dizer, entretanto, que a DARPA esteja apenas com um papel em branco sobre a mesa. De fato, pelo menos um conceito inicial já foi proposto, o qual seria formado por duas partes: um motor que aceleraria o veículo até velocidades hipersônicas e faria a estrutura alcançar alturas suborbitais; e um segundo que seria desconectado do drone, tendo a incumbência de colocar, com precisão, a carga em órbita.

Em seguida, o primeiro estágio seria então remetido de volta à Terra para ser reabastecido, recarregado e relançado imediatamente. Naturalmente, todo o processo deveria ocorrer de forma autônoma. De qualquer forma, mesmo um protótipo do XS-1 não deve se concretizar antes de vários anos, ou mesmo décadas.