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Kim Dotcom quer transmitir ao vivo sua briga na Justiça dos EUA via YouTube

“O caso aborda interesses de interesse público e internacional”, afirma o advogado de Dotcom, dizendo que a cobertura das audiências não deveria ser limitada pelos meios tradicionais de comunicação

29/08/2016, às 13:02

Kim Dotcom quer transmitir ao vivo sua briga na Justiça dos EUA via YouTube

Fonte: Archive Team

Imagem de Kim Dotcom quer transmitir ao vivo sua briga na Justiça dos EUA via YouTube no tecmundo

Kim Dotcom quer fazer a transmissão em tempo real das suas audiências contra a Justiça dos EUA via YouTube, informou a BBC. O pedido, que foi negado pelo governo norte-americano, foi feito pelos advogados do fundador do Megaupload com o objetivo de garantir uma comunicação “equilibrada”.

“Os EUA defendem programas de vigilância com ‘se você não tem nada a esconder, não tem nada a temer’, mas se opõem à transmissão ao vivo da minha audiência”, protestou Dotcom em seu Twitter.

Para proteger dados de interesse privado e “detalhes sensíveis”, um atraso de 10 minutos foi sugerido para a transmissão – esse delay possibilitaria o veto à veiculação de informações de natureza sigilosa.

— Kim Dotcom (@KimDotcom) 29 de agosto de 2016

Pode ser, ainda, que o streaming seja aprovado por Murray Gilbert, juiz responsável pelo processo, que deverá consultar “as opiniões da mídia local antes de tomar uma decisão”. O julgamento do excêntrico bilionário deverá durar pelo menos oito semanas.

O domínio do Megaupload foi interditado pelo FBI em 2012, quando o serviço de compartilhamento de mídias foi acusado de gerar o prejuízo de US$ 500 milhões às companhias detentoras de direitos autorais. Dotcom enfrenta acusações de violação de direitos autorais, lavagem de dinheiro e extorsão.

undefinedUm prejuízo de US$ 500 milhões pode ter sido gerado às publicadoras

Precisamos falar sobre o caso Dotcom

De acordo com Ron Mansfield, advogado de defesa de Dotcom, o processo enfrentado por seu cliente é de “interesse público” e, portanto, deve ser debatido abertamente. “[O caso] aborda interesses sem precedentes de interesse público e internacional”, afirmou Mansfield, dizendo que a cobertura das audiências não deveria ser limitada pelos meios tradicionais de comunicação.

Para ele, Dotcom não deve responder pelas atividades ilegais realizadas pelos usuários do já extinto Megaupload.