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Pirataria 3.0: Hollywood liga o alerta para aparelhos de streaming ilegais

Dispositivos que acessam uma grande base de conteúdos não licenciados são a mais nova preocupação da indústria do entretenimento

Avatar do(a) autor(a): Felipe Gugelmin Valente

05/06/2017, às 12:06

Pirataria 3.0: Hollywood liga o alerta para aparelhos de streaming ilegais

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Após ir atrás de vendedores de fitas e discos piratas e sites de Torrent, Hollywood está voltando suas atenções para outra forma de pirataria: aquela que se espalha através de aparelhos de streaming ilegais. Fornecendo experiências semelhantes à da Netflix, a “Pirataria 3.0” gera preocupações tanto por sua facilidade de uso quanto por sua acessibilidade.

Segundo Stan McCoy, da MPA — entidade que representa estúdios —, houve diversos avanços recentes no combate a conteúdos ilegais, como o acordo feito recentemente com o governo da Rússia. No entanto, ele afirma que ainda há muito a fazer, já que pessoas que violam direitos autorais sempre pensam em novos “modelos de negócios” para obter conteúdos de forma ilegal.

A pirataria não é um desafio estático. Os piratas são ótimos inovadores de sua própria maneira

“A pirataria não é um desafio estático. Os piratas são ótimos inovadores de sua própria maneira. Então mesmo que inovemos em tentar combater essas situações, e encontramos novos meios de lutar contra a pirataria, os piratas estão por aí surgindo com novos modelos de negócios”, afirmou McCoy.

“Se você pensar na pirataria peer-to-peer à moda antiga como a 1.0, e os sites de streaming ilegais como a 2.0, no setor audiovisual, em particular, agora enfrentamos a número 3.0, que é o que chamamos de dispositivos de streaming ilegais”, explicou. Os gadgets em questão imitam aparelhos como o Roku e a Apple TV, mas surgem repletos de add-ons piratas que abrem portas para uma quantidade virtualmente ilimitada de conteúdos.

Novas formas de combate

Segundo McCoy, os dispositivos em si, assim como softwares como o “Kodi”, não são exatamente ilegais. No entanto, o uso de aplicativos que dão acesso a conteúdos ilegais fazem desses gadgets uma ameaça sem precedentes. “Essa é uma nova espécie de Netflix global, mas nenhum detentor de direitos é pago”, afirma McCoy.

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O representante da MPA afirma que a única forma de combater a Pirataria 3.0 é através de legislações, regulamentações, acordos voluntários e da educação dos consumidores. “Temos que ser tão bons quanto os piratas na hora de pensar em novas maneiras de enfrentar esses desafios”.



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Felipe Gugelmin Valente

Especialista em Redator

Redator freelancer com mais de uma década de experiência em sites de tecnologia, já tendo passado pelo Adrenaline, Mundo Conectado, TecMundo, Voxel, Meu PlayStation, Critical Hits e Combo Infinito.