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CES 2019: Laser de carro autônomo teria queimado sensor de câmera digital

O acidente aconteceu durante a CES 2019, quando um engenheiro fotografava o carro autônomo da Ridecell que funciona com o LiDAR da AEye

Avatar do(a) autor(a): Rafael Farinaccio

14/01/2019, às 12:07

CES 2019: Laser de carro autônomo teria queimado sensor de câmera digital

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Imagem de Laser usado por veículo autônomo teria queimado sensor de câmera digital no tecmundo

Os veículos autônomos parecem realmente ter um lugar reservado no futuro próximo da sociedade humana e vêm sendo desenvolvidos cada vez em maior quantidade e com tecnologias sempre mais avançadas. Um dos recursos mais importantes para ajudar no sentido de posicionamento de um carro autônomo é o chamado LiDAR (sigla em inglês para Detecção de Luz e Alcance), um sensor que usa feixes de laser para monitoras os arredores de um veículo.

Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá

Segundo os desenvolvedores de carros autônomos, o sistema LiDAR é completamente inofensivo para os olhos humanos, não havendo perigo em transitar próximo a um veículo desse tipo e ter a visão danificada pelos feixes de laser que ele emite para entender seu posicionamento. O problema é que, aparentemente, isso pode danificar permanentemente um sensor de câmera digital.

Câmera cega

Foi exatamente isso que contou o engenheiro Jit Ray Chowdhury à publicação Ars Technica após uma visita à CES 2019, onde teve sua câmera digital de quase US$ 2 mil, cerca de R$ 7,4 mil, danificada após fazer fotografias de um carro autônomo fabricado pela Ridecell. “Eu notei que todas as minhas fotos estavam aparecendo com uma mancha. Cobri a câmera com a tampa da lente e as manchas continuam lá – ela está queimada no sensor”, disse Chowdhury.

Nas fotos que o engenheiro publicou em seu Twitter, é possível ver nitidamente pontos com riscos que são permanentes e aparecem em todas as fotos que tira. Ele afirmou na postagem: “O LiDAR da AEye danificou minha DSLR, ele não é seguro para serem fotografado. Não fui avisado quando pedi permissão para tirar fotos, nem isso aconteceu com nenhum outro LIDAR. Veja as manchas vermelhas, são danos permanentes”.

— Jit Ray Chowdhury (@jitrc) 9 de janeiro de 2019

Conforme Chowdhury mesmo confirmou, com outros sensores desse tipo não havia acontecido nada. O LiDAR em questão é fabricado pela empresa AEye e seu CEO Luis Dussan confirmou para a Ars Technica que, mesmo os lasers sendo totalmente inofensivos para os olhos, há uma chance de que sensores sensíveis como o de câmeras digitais possam ser afetados pelos feixes emitidos. A AEye se ofereceu para comprar uma câmera nova para Chowdhury e vai analisar os efeitos de seu LiDAR nesses casos específicos.



Editor do The BRIEF. Há mais de 10 anos na NZN, Fari é historiador, apaixonado por ciências e tecnologia, e grande admirador das obras de J.R.R. Tolkien.