Não é fácil ser fã da Apple no Brasil. Durante evento realizado na última terça-feira (9), a empresa da maçã anunciou a sua nova linha de celulares que incluíram o iPhone 17, o finíssimo iPhone Air e o luxuoso iPhone 17 Pro Max. Porém, a felicidade durou pouco quando a informação mais importante foi revelada: os preços.
Para os Estados Unidos, alguns dos preços anunciados foram os seguintes:
- iPhone 17 - a partir de US$799
- iPhone Air - a partir de US$999
- iPhone 17 Pro - a partir de US$1,099
Com exceção da versão Pro, os valores se mantiveram iguais aos da linha do ano passado, inclusive no Brasil, onde o maior aumento que tivemos foi de R$ 200 quando comparamos o iPhone 16 Pro com o novo modelo equivalente.
Entretanto, a situação é mais complexa quando olhamos internacionalmente. Segundo levantamento feito pelo site Nukeni, o nosso país é o segundo mais caro do mundo para comprar os novos aparelhos da Apple, ficando atrás somente da Turquia. Noruega, Hungria e Suécia fecham o top 5.
Confira o comparativo abaixo (em dólares):
Produto | Preço USA | Preço Brasil | Variação |
iPhone 17, 256 GB | $799 | $1,472 | 84% |
iPhone Air, 256GB | $999 | $1,932 | 93% |
iPhone 17 Pro, 256GB | $1,099 | $2,116 | 92% |
iPhone 17 Pro Max, 256GB | $1,199 | $2,300 | 91% |
Além da variação próxima de 100% quando comparado com os valores americanos, a alça transversal e a capinha oficial, anunciadas também no evento, podem custar juntas até R$ 1,4 mil.
Impostos, dólar e mais: os grandes problemas
A carga tributária é um problema por ser uma “colcha de retalhos”, que contam com impostos federais (9%), taxa de importação (16%) e tributos estaduais (17%), como pontuou o professor de MBAs da Fundação Getúlio Vargas (FGV), João Rego. Como há uma linha de montagem da Apple no Brasil, a situação é um pouco melhor, reduzindo levemente os custos totais. Questões logísticas, como transporte e armazenamento, também implicam em custos adicionais relacionados a seguros, que são repassados aos consumidores. Outra questão que complica a situação é o lucro dos importadores, que repassam seus custos extras para os consumidores quando revendem seus produtos.
Há também a questão o valor do dólar, que subiu muito nos últimos anos. Porém, mesmo com uma redução de 24% em 2025, a Apple não ajustou o preço de seus aparelhos, o que levanta dúvidas em relação ao seu real impacto no resultado.
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Segundo o professor, uma forma de facilitar essa questão seria um imposto, que contemplaria tanto a área de importação quanto de distribuição, ou a isenção fiscal para smartphones, com a justificativa de que ele é importante para educação e trabalho, além da integração social e comunicação.