Um evento sediado pelo Escritório de Ciência e Tecnologia Policial da Casa Branca irá congregar no próximo dia 07 especialistas em robótica e saúde para a discussão sobre o uso de máquinas no controle do surto de ebola. “Que tipo de coisas os robôs podem fazer?”, questiona, em tom provocador, Robin Murphy, professor de ciência da computação e engenharia da Texas A&M University.
As palestras irão contar com a participação de várias entidades dedicadas a pesquisas acerca de tecnologia e medicina; companhias que comercializam e fabricam máquinas e órgãos acadêmicos serão alguns dos participantes das palestras. “Eles vão falar sobre necessidades e veremos o que poderemos oferecer. O que faremos nos próximos meses e o que faremos a longo prazo?”, explica Murphy.
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O atual surto de ebola é considerado o maior de toda a história. A doença já infectou mais de 9 mil pessoas em países da África Ocidental; mais de 4.400 das vítimas morreram. Nos EUA, já são três os casos confirmados de cidadãos doentes. Face a este fenômeno, se quer fazer com que os riscos de infecção sejam reduzidos – é aí que o uso do trabalho de máquinas deverá finalmente entrar em cena.
Humanos não serão substituídos por máquinas
Ainda conforme esclarece Murphy, a conferência do próximo mês descarta a substituição de todo o trabalho humano por robôs. Neste momento, a intenção é minimizar os riscos de contração de ebola. “Uma pessoa estará inclusa em qualquer tecnologia que entregarmos. Não estamos tentando substituir o trabalho humano. Estamos tentando minimizar os contatos”, observa o especialista em programação.
Aplicações
O surto de ebola é um perigo real e imediato. Por isso, o tempo para o desenvolvimento de tecnologias capazes de lidar com a doença de forma completamente automatizada é escasso. As máquinas que deverão trabalhar no combate à doença serão, na verdade, aperfeiçoadas. Robôs para a esterilização de salas e para o transporte de pessoas poderão ser criados.
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“Não estamos tentando criar uma nova linha de máquinas. Não temos tempo para isso. Queremos reformular alguns dos padrões já existentes. Queremos poder entregar algo já em três meses – não podemos pensar no desenvolvimento de robôs que levariam um ano para serem criados”, diz Murphy.
Os desafios esperados pela equipe de cientistas é duro: em que tipo de ambiente as máquinas estarão inseridas? Como a conexão junto à internet irá se dar? Como a recarga será feita? “Perguntas como essas devem ainda ser respondidas”, comenta o especialista. “Podemos pensar em algo dentro de nossos laboratórios, mas precisamos saber se tudo é aplicável em campo”, finaliza o pesquisador. Mais informações sobre a conferência podem ser lidas aqui.
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