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De acordo com a empresa americana Nomimum, cerca de meio milhão de roteadores no Brasil possuem brechas para ataques de negação de serviço (DDoS). As informações vieram de um estudo que a companhia de segurança de redes fez sobre ataques baseados em DNS, voltado especialmente para roteadores domésticos em situação vulnerável.
Na America Latina o número sobe para 2,83 milhões. O levantamento estima ainda que no mundo há mais de mais de 24 milhões de roteadores com proxies de DNS abertos, expondo as conexões a ataques DDoS. Isso torna esse sistema o alvo mais popular para investidas mal-intencionadas, com amplificadores mais disponíveis que os quatro outros protocolos existentes juntos.
Sobre as consequências
Roteadores domésticos em estado vulnerável dificultam que os provedores de internet identifiquem quem é o autor dos ataques e de onde ele está operando. Os ataques por amplificação de DNS estão cada vez mais comuns. Mesmo necessitando de pouca habilidade ou esforço por parte dos hackers, eles causam danos enormes.
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Esses danos geram prejuízos de rede, custos, receita e de reputação. De rede porque o tráfego mal-intencionado consome muito da banda disponível. De custos porque há um grande aumento nas chamadas de suporte técnico quando o serviço é interrompido. De receita porque a experiência insatisfatória do usuário faz a rotatividade e as despesas da empresa provedora aumentarem na tentativa de manter o cliente. E de reputação porque muito do tráfego indesejado é direcionado a concorrentes.
Em fevereiro, mais de 5,3 milhões desses roteadores foram utilizados para gerar tráfego de ataque em um único dia. O tráfego de amplificação corresponde a trilhões de bytes por dia causando interrupção nas redes de provedores, sites e indivíduos.