menu
Tecmundo
Segurança

Polícia Federal prende grupo hacker que desviou R$ 10 milhões

Seis integrantes de quadrilha hacker foram presos, dois estão foragidos

Avatar do(a) autor(a): Felipe Payão

21/03/2018, às 09:58

Polícia Federal prende grupo hacker que desviou R$ 10 milhões

Fonte:

Imagem de Polícia Federal prende grupo hacker que desviou R$ 10 milhões no tecmundo

Um grupo hacker que supostamente desviou R$ 10 milhões em lavagem de dinheiro foi descoberto pela Polícia Federal. De acordo com o G1, seis integrantes foram presos na Operação Código Reverso, realizada nesta quarta-feira (21) — a PF ainda comentou que dois integrantes estão foragidos.

Ao que parece, para entrar nos PCs, o grupo enviava mensagens de phishing para obter as credenciais necessárias

Preso em Palmas (Tocantins), William Marciel Silva, um dos supostos líderes da quadrilha de hackers, mantinha conexões com cibercriminosos do leste europeu, além de atuar no Brasil. Outros nomes não foram divulgados. No momento que o advogado de defesa de Marciel fornecer alguma declaração, atualizaremos esta notícia.

Além do Tocantins, a Polícia Federal realiza a operações em São Paulo, Pernambuco e Goiás. São mais de 100 agentes federais cumprindo 43 mandados nos estados: 24 de busca e apreensão, 11 intimações, sete prisões preventivas e uma prisão temporária.

Sobre o golpe

Para realizar os golpes, a quadrilha lavava dinheiro por meio de empresas de fachada e criptomoedas. A Polícia Federal não especificou como os cibercriminosos desenvolviam o golpe: "o grupo usava programas para acessar os computadores das vítimas com o objetivo de fazer diversas transações bancárias", notou o veículo. Ao que parece, para entrar nos PCs, o grupo enviava mensagens de phishing para obter as credenciais necessárias.

Para esconder o dinheiro, utilizavam empresas de fachada e realizavam investimentos em bitcoins

Com os dados das vítimas em mãos, os criminosos burlavam os mecanismos de segurança de bancos. A PF comenta que foram R$ 10 milhões de prejuízos nos últimos nove meses.

Diferente da maioria dos cibercriminosos que enviam phishing, a quadrilha presa pela polícia possuía um alto padrão de vida. Para esconder o dinheiro, utilizavam empresas de fachada e realizavam investimentos em bitcoins.



Felipe Payão é jornalista, editor-chefe do TecMundo e especialista em cibersegurança com foco em cibercrime há 11 anos. Payão possui três prêmios especializados: ESET Jornalismo Segurança da Informação América Latina, Comunique-se 2021 e Especialistas da Comunicação.