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Apple e WhatsApp são cobrados pela PF por não entregar dados

A Polícia Federal reiterou o pedido de extração integral do conteúdo dos smartphones do deputado Daniel Silveira que estão no serviço de nuvem

Avatar do(a) autor(a): Jorge Marin

31/05/2021, às 14:44

Apple e WhatsApp são cobrados pela PF por não entregar dados

Fonte:  Jorge William/O Globo 

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A Polícia Federal (PF) expediu, na semana passada, solicitações à Apple e ao Facebook, como proprietário do WhatsApp, para que forneçam dados completos dos celulares apreendidos do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), atualmente em prisão domiciliar por ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o Metrópoles, o delegado da PF responsável pela investigação, Leonardo Reis Guimarães, solicitou um prazo extra de 60 dias para as averiguações, esclarecendo que não conseguiu obter acesso integral ao conteúdo total dos aparelhos de Silveira.

Em relação ao dispositivo da Apple do deputado, a PF diz que apenas 2 MB do material contido no smartphone foram obtidos, de um total de 1,8 GB armazenados no serviço em nuvem iCloud, informados no relatório da empresa. Já o Facebook remeteu apenas fotos de perfil dos contatos da conta usada por Silveira, dados irrelevantes para a investigação.

Crimes contra a honra do Poder Judiciário e da LSN

Fonte: Jorge William/O Globo/ReproduçãoFonte: Jorge William/O Globo/Reprodução

Na nova solicitação enviada às duas Big Techs, a PF reitera o que foi pedido em 17 de março, ou seja, a quebra do sigilo e a extração integral do conteúdo dos dispositivos. Segundo relatório da polícia, o que se esperava era: contatos da agenda, dados de conexões, dados de grupos, dados que "estavam disponíveis no link fornecido pela empresa, porém não foram extraídos antes de serem encaminhados para a perícia".

A prisão do deputado Daniel Silveira ocorreu em fevereiro, depois que ele divulgou um vídeo em que defendia a destituição dos ministros do STF, elogiava o AI-5 do golpe militar de 1964 e chamava a Constituição de 1988 de "porcaria". O ministro Alexandre de Moraes justificou sua decisão, afirmando que as declarações do político atentavam contra a honra do Poder Judiciário e violavam a Lei de Segurança Nacional (LSN)



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Jorge Marin

Especialista em Redator

Redator do Mega Curioso e do TecMundo, Jorge Marin escreve sobre Ciências e Tecnologia desde 2019, conectando conhecimento acadêmico com experiências humanas do dia a dia. É psicólogo, cinéfilo e botafoguense inveterado.