Os sistemas da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram afetados por um ataque cibernético que apagou informações de agentes de segurança. O caso aconteceu em 10 de dezembro, mas as plataformas continuam fora do ar e as informações ainda não foram recuperadas.
A situação foi revelada nesta segunda-feira (20) pelo repórter Renato Souza, do R7. De acordo com a apuração, os ataques foram coordenados na mesma época dos que afetaram o Ministério da Saúde. No período, a pasta ficou com sistemas fora do ar, como a plataforma ConecteSUS, o que impossibilitou que os brasileiros comprovassem suas vacinações, por exemplo.
A ação contra as entidades de segurança fez que dados de agentes com dívida ativa com a União fossem apagados. Possivelmente, informações de condutores cadastrados nos bancos de dados das corporações também foram excluídos.
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"Saiu na mídia que os dados não foram afetados, mas percebemos que muita coisa foi excluída. Existe a expectativa de que tudo volte hoje à tarde, mas ainda não se sabe se o que foi perdido será recuperado", contou uma fonte anônima ao R7.
A ação cibernética afetou o Sistema Eletrônico de Informações do governo federal e está dificultando as ações policiais, já que as redes têm informações administrativas que coordenam as operações nas ruas.
A suspeita inicial é que, além de que o crime possa ter partido de um agente interno, o tipo de golpe escolhido pode ter sido o ransomware. Apesar disso, até o momento não há informação de nenhum tipo de pedido de resgate. Por enquanto, nem PF, nem PRF se pronunciaram sobre o caso.
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