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O papel da IA generativa na evolução da segurança

Por conseguir prever situações alarmantes antes mesmo do que nós, humanos, a Inteligência Artificial Generativa é uma ótima aliada da cibersegurança.

Avatar do(a) autor(a): Arthur Capella - Colunista

27/09/2023, às 17:00

O papel da IA generativa na evolução da segurança

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Sabemos que o crescente número de ataques cibernéticos é o resultado de um ambiente digital complexo no qual defensores precisam estar certos o tempo todo – enquanto os atores da ameaça só precisam acertar uma vez. O cenário de ameaças se mantém em constante evolução e as organizações lutam para acompanhar com orçamentos e recursos limitados.

Isso leva a uma tomada de decisão desfocada e a um planejamento estratégico inadequado em todos os níveis da organização. Qual é a solução? Ainda não temos todas as respostas, mas sabemos que a IA generativa pode ajudar.

Qual é o papel da Inteligência Artificial Generativa na cibersegurança?

Durante décadas, a indústria adotou uma abordagem de solução pontual ineficaz e cara, em que ameaças são combatidas com tecnologias que priorizam a detecção e a resposta a incidentes. Empresas usam centenas de soluções de segurança cibernética diferentes, cada uma com suas próprias análises e sem relatórios consistentes.

Todas essas ferramentas podem levar a alertas duplicados e ineficazes, sem um caminho claro para reduzir de forma tangível os riscos ou para comunicar de forma concisa o estado de segurança de uma organização.

Dessa forma, a prevenção de ataques cibernéticos requer visibilidade total de todos os ativos e exposições, amplo contexto sobre possíveis ameaças à segurança e métricas claras para medir objetivamente o risco cibernético. Organizações que conseguem antecipar ataques cibernéticos e comunicar esses riscos para apoio à decisão serão as mais bem posicionadas para se defenderem contra ameaças emergentes.

Nesse contexto, a inteligência artificial (IA) exerce hoje um papel fundamental na evolução da segurança. O Gartner define IA como a aplicação de análises avançadas e técnicas baseadas em lógica, incluindo aprendizado de máquina (ML), para interpretar eventos, apoiar e automatizar decisões e tomar ações.

Esta definição é consistente com o estado atual e emergente das tecnologias e capacidades da IA. É sabido que a IA envolve agora análise probabilística, combinando probabilidade e lógica a fim de atribuir um valor à incerteza.

Ia Generativa e cibersegurançaA IA é capaz de auxiliar na segurança por conseguir prever certos movimentos suspeitos – com supervisão humana.

Mesmo com ampla visibilidade da superfície de ataque é difícil para as equipes de segurança realizarem análises, interpretarem as descobertas e identificarem em quais etapas agir para reduzir o risco o mais rápido possível. Como resultado, elas estão constantemente em modo de reação, realizando o máximo esforço, mas sempre um passo atrás dos invasores.

Nesse sentido, aponto a IA generativa como um apoio importante, pois ela é capaz de contribuir com:

  • análises de logs;
  • detecção de anomalias;
  • recursos de triagem;
  • promoção da anonimização de dados;
  • criação de senhas seguras;
  • detecção phishing;
  • monitoramento de atividades suspeitas em rede;
  • análise de dados de ataques cibernéticos para prevenir ameaças e tomar medidas preventivas.

É certo que a IA ainda está num estágio inicial e será preciso que profissionais especializados verifiquem – de fato - suas vantagens e entendam seus riscos à segurança de dados. Mas o que é intrigante é que sua capacidade de aprender além da máquina (seja por identificação de padrões ou seja por agrupamentos dentro do conjunto de dados) assusta – tanto por seus potenciais benefícios como por seus riscos



Diretor Geral da Tenable no Brasil, graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio de Janeiroe possui MBA em Marketing e Estratégias pelo Instituto de Pós-graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD).