A Rússia lançou um ataque com mais de 100 drones contra a Ucrânia, esta semana, pouco tempo antes de os países se reunirem para uma nova tentativa de negociação de cessar-fogo. A ofensiva causou danos em várias cidades, de acordo com informações divulgadas por autoridades militares ucranianas nesta quinta-feira (15).
Pelo menos 110 drones teriam sido lançados por Moscou em operações realizadas na noite da última segunda-feira (12), como detalhou a Força Aérea da Ucrânia. Os ataques aconteceram após o governo russo se negar a assinar um acordo de trégua de 30 dias que havia sido proposto por Kiev e aliados europeus na semana anterior.
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Quais locais foram afetados pelo ataque com drones?
Durante o bombardeio realizado pelos drones russos, cidades como Poltava e Dnipropetrovsk, na região central, e Sumi, ao nordeste, foram impactadas. Ivano Frankivsk, na porção oeste do país, e a própria capital, Kiev, ao norte, também sofreram danos.
- A ofensiva russa incluiu o uso dezenas de drones Shahed, modelo do tipo suicida, desenvolvido no Irã para atacar alvos no solo a longa distância;
- 62 aeronaves não tripuladas desta versão foram destruídas pelos sistemas de defesa aérea da Ucrânia em diferentes localidades;
- O ataque também contou com réplicas de drones, modelos parecidos com as aeronaves convencionais, mas que não têm qualquer funcionalidade;
- 29 dessas réplicas, usadas para confundir os militares ucranianos, caíram sem causar nenhum dano, segundo informações de autoridades do país.
Os ataques de drones têm sido uma das principais armas na guerra iniciada em fevereiro de 2022, quando as tropas comandadas por Vladimir Putin invadiram o país vizinho. O Kremlin justificou a medida dizendo que agiu em defesa das minorias separatistas pró-Rússia vivendo na região.
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Desde então, tanto Moscou quanto Kiev têm investido em aeronaves não tripuladas para atacar uma à outra. Além do custo reduzido, os equipamentos podem ser adaptados para diferentes cenários e integrados a novas tecnologias, aprimorando as capacidades de ataque.
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Rússia e Ucrânia negociam cessar-fogo em Istambul
Pela primeira vez desde o início da guerra, autoridades russas e ucranianas podem estar frente a frente para negociar o fim do conflito. O encontro entre representantes dos dois países está previsto para acontecer em Istambul (Turquia), hoje (15).
Ontem (14), Moscou confirmou a presença de uma comitiva que será liderada pelo conselheiro-presidencial, Vladimir Medinsky. O grupo não contará com Putin e terá outras ausências importantes, que podem esfriar as negociações de paz a serem realizadas em território neutro.
Recentemente, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que participaria da reunião e destacou a importância da presença do líder russo no evento. Mas diante da falta de Putin, ainda não há a confirmação da ida do representante de Kiev no encontro.
Quem também deve faltar a esta rodada de negociações é o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de acordo com a Reuters. Desde a sua volta à Casa Branca, o republicano vem tentando ajudar a por fim ao conflito que já deixou mais de 10 mil civis ucranianos mortos, até o momento.
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