Estamos vendo nomenclaturas e conceitos relacionados à segurança cibernética se transformarem e tornarem-se ainda mais complexos. O que antes conhecíamos como gestão de vulnerabilidades está sendo substituído por gerenciamento de exposição cibernética - ou seja, uma abordagem mais ampla, inteligente e estratégica com objetivo de identificar, priorizar e mitigar os riscos.
Esse movimento é uma resposta direta aos desafios enfrentados pelas equipes de segurança diante de ambientes de TI cada vez mais híbridos e distribuídos, que vão muito além do data center tradicional e incluem nuvem, dispositivos móveis, Internet das Coisas (IoT) e sistemas operacionais industriais (OT).
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O conceito de gerenciamento de exposição cibernética está ganhando corpo e nesse sentido, estudos sobre este tema estão sendo criados. Um deles foi desenvolvido pela Tenable, empresa que ouviu líderes de segurança ao redor do mundo para entender como essa transformação está acontecendo na prática.
As respostas à pesquisa revelaram três grandes obstáculos que o gerenciamento de exposição está ajudando a resolver — e que provavelmente soam familiares para qualquer profissional da área.
1. Falta de visibilidade sobre a superfície de ataque
Você só pode proteger aquilo que consegue ver. Em ambientes híbridos, multi-cloud e com ativos espalhados por diversas áreas do negócio, a visibilidade se torna um desafio crítico. Sem visibilidade unificada — incluindo nuvem pública e privada, dispositivos móveis, contêineres, sistemas industriais OT e até integrações com terceiros —, qualquer esforço de mitigação fica incompleto.
O gerenciamento de exposição vai além da TI tradicional com silos e resolve isso ao consolidar e padronizar os dados de segurança em uma única visão, eliminando pontos cegos e facilitando o endereçamento de tarefas. Dessa forma, é possível agir rápido e com precisão.
2. Dificuldade em priorizar o que realmente importa
Não basta saber que uma vulnerabilidade existe. É preciso entender o quanto ela representa de risco real ao seu negócio. As ferramentas tradicionais de gestão de vulnerabilidades geram listas enormes — e, com frequência, descontextualizadas. Isso sobrecarrega as equipes de TI e dificulta a definição de prioridades.
O gerenciamento de exposição ajuda a identificar se a falha está sendo explorada por cibercriminosos; a criticidade do ativo afetado para a operação da empresa; e quais caminhos um invasor poderia seguir a partir dessa vulnerabilidade. Com essas informações, as equipes de segurança conseguem concentrar esforços onde o risco é maior — e não onde é mais fácil de consertar.
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3. Ficar preso no modo reativo
A segurança cibernética, historicamente, tem sido uma corrida atrás do prejuízo. Algo acontece e a equipe responde. O problema? Esse modelo é insustentável.
O gerenciamento de exposição propõe uma abordagem proativa. Em vez de reagir, as empresas passam a antecipar ameaças com análises de caminhos de ataque, modelagens automatizadas de vulnerabilidades e controles preventivos como segmentação, restrição de acesso e arquiteturas Zero Trust.
Ao adotar práticas contínuas de gerenciamento de exposição, as organizações conseguem minimizar riscos antes que os atacantes os explorem. É uma mudança de cultura.
O futuro da cibersegurança é orientado a risco
A substituição da gestão de vulnerabilidades pelo gerenciamento de exposição não é apenas uma troca de ferramentas. É uma mudança de mentalidade: sair do operacional e reativo para o estratégico e preventivo.
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Ao resolver os problemas de visibilidade, priorização e proatividade, os líderes de segurança estão transformando a forma como lidam com riscos. E, mais importante, estão construindo posturas de segurança que realmente conversam com os objetivos do negócio. Afinal, cibersegurança não é apenas sobre tecnologia. É sobre proteger informação - e, consequentemente - proteger pessoas e negócios.
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