Usando ferramentas avançadas de IA e outras tecnologias, a Polícia Federal (PF) e a Força Aérea Brasileira (FAB) localizaram e apreenderam, na Ilha de Marajó (PA), uma embarcação semissubmersível que seria utilizada no transporte de cocaína para a Europa. A operação foi deflagrada no último sábado (31).
Contando também com o apoio da Marinha do Brasil e colaboração de autoridades da Espanha, Portugal e Estados Unidos, a ação envolveu o uso de imagens de satélite de alta resolução e aviões com sensores especiais. Todos esses recursos possibilitaram monitorar e mapear movimentos incomuns na região da bacia hidrográfica da Amazônia.
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Como a operação foi feita?
De acordo com a FAB, um dos passos iniciais foi a missão de reconhecimento aeroespacial realizada pela aeronave R-99, equipada com tecnologia de última geração. O trabalho proporcionou a identificação de estruturas navais que estavam camufladas em meio a galpões ribeirinhos.
- Os sensores do avião também apontaram a existência de padrões atípicos nas rotas estratégicas que passam pelos rios da região;
- As informações geradas pelos sensores da aeronave, associadas às imagens de satélites, levaram a PF à operação para interceptar o barco;
- Segundo a investigação, o minissubmarino foi fabricado na Ilha de Marajó, com o objetivo de viabilizar o tráfico internacional de drogas;
- Uma embarcação semelhante, de pequeno porte e carregada de cocaína, foi apreendida navegando em Portugal, em março;
- Essa interceptação do semissubmersível pelas autoridades portuguesas deu início às investigações no Brasil.
Como explicou a PF, trata-se da primeira apreensão de uma embarcação do tipo no Brasil, evidenciando a tentativa de diversificar os meios usados por organizações criminosas para o transporte de substâncias ilícitas. As autoridades seguem atentas, em busca dos responsáveis pela fabricação, logística e financiamento das atividades.
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“O isolamento geográfico da Ilha de Marajó amplia as vulnerabilidades da região, exigindo sofisticação logística por parte das organizações criminosas e também respostas rápidas e precisas das Forças Armadas”, complementou a FAB.
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Quais entidades internacionais participaram das investigações?
Para identificar e localizar a embarcação, a PF e a FAB tiveram o auxílio da Polícia Nacional da Espanha, da Polícia Judiciária de Portugal e da Drug Enforcement Administration (DEA) dos EUA. Todas atuaram em conjunto com as autoridades brasileiras para o combate ao tráfico internacional.
O trabalho foi intensificado a partir da apreensão feita em águas portuguesas, fazendo com que as operações de inteligência no Brasil se reforçassem. Dali em diante, as imagens registradas a partir da órbita terrestre e os demais dados fornecidos pelos sensores passaram a ser analisados ainda mais cuidadosamente.
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Com o cruzamento das informações, as equipes conseguiram não só identificar o local de fabricação da embarcação, como também o destino da viagem carregando os entorpecentes. A PF não informou se houve prisões durante a operação na ilha paraense.
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