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Por que orquestrar dados é diferente de acumular?

Entenda como a orquestração inteligente de dados transforma informações dispersas em decisões estratégicas e vantagem competitiva

15/08/2025, às 18:30

Atualizado em 20/08/2025, às 11:36

Por que orquestrar dados é diferente de acumular?

Durante anos, a transformação digital foi associada à adoção de novas tecnologias, automação de processos e migração para ambientes em nuvem. No entanto, à medida que empresas avançam nessa jornada, fica evidente que o verdadeiro diferencial competitivo reside muito mais na capacidade de orquestrar dados de forma inteligente para decisões mais rápidas e estratégicas.

Os dados hoje são um insumo abundante. Entretanto, a inteligência sobre eles ainda é escassa. Basta observar que diversas áreas de uma mesma empresa operam com bancos de dados distintos, formatos não padronizados e métricas desalinhadas, o que gera ruído em vez de clareza.

Uma pesquisa recente realizada pela Totvs, em colaboração com a H2R Pesquisas Avançadas, mostrou que a maioria das empresas coleta dados, mas nem todas sabem usar. De acordo com o levantamento, 70% das empresas no Brasil reconhecem a relevância do uso intensivo de dados em suas estratégias de marketing; embora 98% das corporações já coletem algum tipo de informação, apenas 73% as utilizam para obter insights sobre o consumidor.

A análise de dados oferece um potencial imenso, mas deve ser utilizada de maneira consciente e estratégica. É fundamental investir em treinamento e estabelecer processos claros é essencial para maximizar o uso dessas tecnologias e garantir que melhores práticas sejam adotadas.

Nesse contexto, a orquestração de dados se torna essencial. É necessário realizar a integração estruturada de múltiplas fontes, plataformas e linguagens de dados para criar um ecossistema analítico fluido, confiável e orientado ao negócio.

Empresas que dominam essa prática saem na frente porque elas não apenas coletam dados, mas os harmonizam,  cruzando informações de CRMs, ERPs, plataformas de marketing, sensores IoT, canais de atendimento e redes sociais para construir uma visão única e consistente. E mais do que relatórios, entregam insights em tempo real, suportados por inteligência artificial e aprendizado de máquina.

Essa abordagem redefine o papel do dado no ambiente corporativo. Ele deixa de ser um ativo técnico e passa a ser um motor de decisões de negócio: prever tendências de consumo, otimizar a cadeia logística, personalizar ofertas, antecipar riscos, automatizar processos críticos e, sobretudo, responder com agilidade a um mercado cada vez mais volátil.

Claro que orquestrar dados exige muito mais do que tecnologia; envolve mudança cultural. As lideranças devem fomentar a colaboração entre áreas, quebrar silos organizacionais e garantir a governança da informação. Afinal, dados não orquestrados geram dissonância; mas quando bem orquestrados, viram uma sinfonia estratégica.

A orquestração inteligente de dados é hoje uma exigência do mercado para empresas que desejam se manter competitivas e relevantes em um cenário em constante transformação. Ao transformar dados dispersos em inteligência acionável, organizações passam a operar com mais precisão, velocidade e visão de futuro. O desafio está posto: não basta ter dados, esses dados têm que estar orquestrados com inteligência. Se não, eles não passam de desperdício.


*Marcelo Araújo é diretor comercial da eBox Digital, empresa especializada em gestão e proteção de documentos físicos e digitais 



Marcelo Araújo é diretor comercial da eBox Digital, empresa especializada em gestão e proteção de documentos físicos e digitais.